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Hepatite C

A hepatite C é uma doença infecto-contagiosa que atinge o fígado

Leo Kahn
21/08/2008 | 00:00
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A hepatite C é uma doença infecto-contagiosa que atinge o fígado, causada pelo vírus denominado VHC. Esse vírus é transmitido principalmente pelo sangue. No entanto, a infecção também pode passar, mas raramente, através das secreções contaminadas pelo vírus via sexual, além dos casos de transmiassão de mãe para filho.

Na maioria dos casos a hepatite C não tem cura - é possivel fazer apenas o controle da doença. Ao longo do tempo, ela pode levar a lesão permanente no fígado, em forma de cirrose, câncer ou até mesmo o comprometimento total do órgão.

A hepatite C é assintomática na maioria dos casos. Ou seja, o portador não sente nada após a infecção pelo vírus. Muitas pessoas convivem anos com o HPC sem sequer saber que estão contaminadas. Isto é muito perigoso, pois elas só acabam percebendo que têm a doença depois que o fígado já está com danos graves.

Em alguns casos, o doente pode ter hepatite C por pouco tempo e logo se restabelecer - a chamada hepatite aguda. A maioria das pessoas infectadas pelo VHC, no entanto, fica com ele por um longo tempo, de forma crônica. Em alguns casos, pode ocorrer uma hepatite aguda que antecede a forma crônica.

Apesar de relatos recentes mostrando a presença do vírus em outras secreções como o leite materno, saliva, urina e esperma, a quantidade do vírus parece ser pequena demais para causar infecção. O vírus da hepatite C chega a sobreviver de 16 horas a quatro dias em ambientes externos.

A transmissão de mãe para filho ocorre de zero a 35,5% dos partos de mães infectadas, dependendo principalmente da quantidade de vírus circulante no momento do parto. Há aparentemente risco maior no parto normal que na cesariana e o aleitamento materno parece ser seguro, mas os estudos em ambos os casos são conflitantes.

Cerca de 3% da população mundial, 170 milhões de pessoas, são portadores de hepatite C, que é atualmente a principal causa de transplante hepático em países desenvolvidos, responsável por 60% das hepatopatias (doenças do fígado) crônicas. No Brasil há cerca de 2 milhões de pessoas infectadas pelo vírus. Entre as pessoas que tentaram doar sangue, a incidência da hepatite C é de cerca de 1,2%.

Nos casos com sintomas, o paciente pode apresentar mal-estar, vômitos, náuseas, icterícia e dores musculares. No entanto, a maioria dos portadores só percebe que estão doentes anos após a infecção, quando apresenta um caso grave de hepatite crônica com risco de cirrose e câncer no fígado.

GRUPOS DE RISCO:
Usuários de drogas endovenosas;

Receptores de transfusão sanguínea;

Pacientes de hemodiálise;

Filhos de mãe positiva;

Parceiros com HIV;

Profissional da área da saúde vítima de acidente com sangue contaminado.

DICAS:
Não utilize drogas injetáveis;

Certifique-se de que todo o material utilizado para coleta de sangue seja descartável;

Cuidado com exposição a sangue por material cortante ou perfurante de uso coletivo sem esterilização adequada em procedimentos médico-odontológicos, tatuagem, acupuntura, manicure ou piercing;

Se quiser engravidar ou estiver grávida, faça o teste para saber se é portadora do vírus da hepatite C;

Use preservativo.

O uso do álcool leva a piora da evolução da doença. A obesidade, aumento do colesterol e triglicérides e a resistência à insulina são fatores relacionados entre si que desencadeiam o aparecimento da esteatose hepática que, associada à hepatite C, leva ao aumento na inflamação e progressão mais rápida de ambas para a cirrose.

É importante lembrar que não existe vacina para a hepatite C. Apesar de não haver demonstração clara dos benefícios em relação à história natural da doença, a atividade física saudável está relacionada à melhora na qualidade de vida, na redução da fraqueza crônica e da depressão e a uma melhora do sistema imunológico. Portanto, um regime de exercícios físicos pode desacelerar a evolução da doença e a aumentar resposta ao tratamento.

Além do seu médico, procure sempre consultar um nutricionista se houver alguma necessidade de restrição alimentar, inclusive para perda de peso.




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