O bom momento da economia brasileira, a competição do mercado financeiro e a redução da inadimplência contribuíram para que o consumidor desfrutasse de redução de 0,5 ponto percentual na taxa média de juros nas operações de crédito em julho, sobre o mês anterior, apontou levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) publicado ontem.

Segundo nota divulgada pela entidade, a "expectativa é que o consumidor brasileira vai continuar convivendo daqui para frente com situação nova", que de qualquer maneira resulta no decréscimo do custo das operações de crédito. "Devemos, inclusive, ter períodos em que a Selic (taxa básica de juros) vai ficar inalterada e as taxas de juros das operações de crédito vão ser reduzidas", informa a nota.

A média dos juros para as famílias foi de 6,85% ao mês e o movimento foi o oposto da Selic, que subiu de 0,79% ao mês para 0,86%. Na comparação com julho de 2009, o resultado do mês passado foi 0,36 ponto percentual menor.

MODALIDADES
Dentro das seis linhas pesquisadas de empréstimos, apenas o cartão de crédito apresentou estabilidade em comparação com junho, com 10,69% ao mês. Este instrumento também é o mais caro conforme demonstra a pesquisa, tendo em vista que representa 238,2% ao ano. A grosso modo, um financiamento de R$ 10, no cartão, custaria R$ 33,82 em um ano.

O empréstimo pessoal de financeira é a segunda linha mais cara apresentada na pesquisa, com 9,82% de juros ao mês e redução de 0,16 ponto percentual sobre o mês anterior.

Seguindo a lista, todos com decréscimo em relação ao mês anterior, figuram o cheque especial (7,47%), juros do comércio (5,78%), empréstimo pessoal de bancos (4,855) e crédito direto ao consumidor de bancos (2,46%). As quatro taxas são referentes ao custo do crédito ao mês.