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Anvisa descarta relação de vacina com morte de adolescente
Anderson Fattori
Com Agências
22/09/2021 | 06:00
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) concluiu que a morte da são-bernardense Isabelli Borges Valentim, 16 anos, oito dias depois de receber a vacina da Pfizer não teve “relação causal” com o imunizante. Em nota, o órgão afirma que os dados analisados em parceria com o governo de São Paulo “foram considerados consistentes e bem documentados”. O Ministério da Saúde também chegou a conclusão de que a razão do óbito foi doença autoimune grave e rara chamada de PTT (Púrpura Trombocitopênica Trombótica), mesmo resultado obtido pelo governo do Estado após ouvir junta médica com 70 especialistas.

A Anvisa ainda afirmou que pretende notificar a OMS (Organização Mundial da Saúde ) sobre o caso, para análise “quanto a qualquer possível sinal de segurança” em relação ao imunizante da Pfizer.

“Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus risco para todas as vacinas autorizadas no Brasil, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”, diz a agência, em nota.

As informações técnicas também foram apresentadas ao ICMRA (International Coalition of Medicines Regulatory Authorities), conselho de autoridades regulatórias que reúne as maiores autoridades do mundo em discussões acerca da segurança das vacinas; e ao Cifavi (Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de

Vacinas e outros Imunobiológicos), formado por representantes do Ministério da Saúde, da Fiocruz (Fiocruz) e da própria Anvisa.
O diagnóstico do governo do Estado apontou que a PTT não tem “uma causa conhecida capaz de desencadeá-la” e “não há como atribuir relação causal” entre ela e as vacinas de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer.

O caso havia sido foi utilizado como uma das justificativas dadas pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para recomendar a suspensão da vacinação em todos os adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades no Brasil. A decisão foi criticada pela própria Anvisa, que reforçou a segurança e eficácia dos imunizantes aprovados e administrados no País. No Grande ABC e no Estado de São Paulo as cidades continuam imunizando normalmente os moradores desta faixa etária, assim em como na maioria das cidades brasileiras.  




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