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Tite volta para o banco da escola
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
18/08/2021 | 00:15
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Tite Campanella (Cidadania) está no comando da Prefeitura de São Caetano desde o dia 1º de janeiro por força da instabilidade jurídica na cidade. Enquanto o recurso movido pelo ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) contra a anulação de seus 42,8 mil votos tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o vereador reeleito dirige o Palácio da Cerâmica. Passados oito meses, o político decidiu ingressar no curso EAD (Ensino a Distância) de processos gerenciais. O atual chefe do Executivo, de acordo com seu registro de candidatura no TSE, tem ensino superior incompleto. As más línguas da política local falam que Tite esperou passar mais de um semestre para começar a aprender a gerir uma máquina pública.

Lados da corda
O clima de estica e puxa no Cidadania de São Caetano está instalado. De um lado, o presidente municipal do partido, vereador Marcel Munhoz, faz questão de mostrar que é leal ao ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB). Do outro, o prefeito Tite Campanella (Cidadania) está bem próximo do deputado federal Alex Manente (Cidadania), que, embora seja de São Bernardo, busca influenciar a política são-caetanense. Há possibilidade, inclusive, de mudança na direção da legenda no município.

Almoço
O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), almoçou ontem em um famoso restaurante da Avenida Portugal com o secretário executivo de Habitação do Estado, Fernando Marangoni (DEM), que foi titular do setor de Habitação no primeiro mandato do tucano. O nome do democrata é cotado para concorrer a deputado federal na eleição do ano que vem.

Clima
Aliás, o evento protagonizado por Paulo Serra e Fernando Marangoni na segunda-feira, de reforma de residências no Jardim Santo André, já deu o tom político. Discursos efusivos e muitos créditos a Marangoni marcaram a solenidade. Até populares que acompanharam a atividade comentaram entre eles sobre o caso, citando possível candidatura do democrata no ano que vem.

Protesto
Funcionários públicos de toda a região prometem protestos e paralisação contra a reforma administrativa proposta pelo governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). As administrações municipais mapeiam o tamanho da adesão.

Contas – 1
O vereador Leonardo Alves (PSDB), de Mauá, foi designado como relator para analisar as contas do ex-prefeito Donisete Braga (ex-PT), de 2016. Caberá ao tucano emitir uma avaliação sobre o parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado) sobre o balanço financeiro daquele ano, que chegou ao Legislativo com recomendação para reprovação.

Contas – 2
Essas contas mobilizam a classe política porque interferem diretamente no atual prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT). À ocasião, Marcelo era presidente da Câmara e ficou 15 dias como chefe do Executivo interino, por causa de férias de Donisete. Envolve também o atual chefe de gabinete, o ex-vice-prefeito e ex-deputado Helcio Silva (PT), à época secretário de Assuntos Jurídicos e que também respondeu pelo expediente do Paço por alguns dias.

G-10 sob risco
O G-10, grupo de vereadores governistas de São Bernardo que ensaiaram montar um bloco de independência, está perto de se desfazer depois que o prefeito Orlando Morando (PSDB) autorizou contratações de indicados de parlamentares para funções comissionadas na Prefeitura. Desde a volta do recesso – e da confirmação das portarias –, o G-10 se manteve quieto e atendendo a todos os pedidos do Paço. 




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