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Caminhos do Mar passa a ser gerido por empresa privada

Parque, que fica entre São Bernardo e Cubatão, terá investimento de pelo menos R$ 5,5 milhões nos primeiros três anos de contrato

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
17/06/2021 | 00:01
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André Henriques/ DGABC


O Núcleo Caminhos do Mar, localizado no Parque Serra do Mar, entre São Bernardo e Cubatão, passou a ser administrado pela empresa Parquetur desde ontem, após o governo do Estado autorizar, em março deste ano, contrato de concessão da área. O valor envolvido é de R$ 4 milhões.

Conforme o acordo assinado entre as partes, a nova gestora do espaço poderá explorar a área por até 30 anos. Durante o período, a concessionária deverá implantar serviços de apoio ao visitante, como, por exemplo, de alimentação, além de requalificar os estacionamentos e as portarias. A empresa também terá que revitalizar as trilhas e readequar intervenções elétricas e hidráulicas nos edifícios existentes. O consórcio gestor se chama Caminhos da Independência e é formado pelas Construtora Terravam, Hidropav Pavimentações & Infraestrutura e Habutechne Engenharia e Construção.

O parque é conhecido por manter trilhas, com diversos tipos de dificuldade, e possui 274 hectares. Além disso, a área também mantém trechos que contam a história da região, como a conhecida Estrada Velha de Santos, que era única via de acesso ao Litoral, antes da inauguração da Via Anchieta, que ocorreu em meados de 1947. A Estrada Velha foi desativada em 1985 e foi transformada em ponto turístico em 2004.

Além da manutenção básica da área, o concessionário deverá implantar bilheterias adequadas ao atendimento dos usuários, também terá que planejar a instalação de uma tirolesa, uma das atrações principais do núcleo. A Casa de Visitas deverá ser reformada. O consórcio também ficará responsável pelo restauro dos nove bens tombados que compõem a Trilha dos Monumentos Históricos do Caminhos do Mar. São eles o Pouso de Paranapiacaba, Rancho da Maioridade, Padrão do Lorena, Monumento do Pico, Marco Quinhentista, Belvedere Circular, Pontilhão Raiz da Serra (projetos do arquiteto Victor Dubugras, inaugurados em 1922), Ruínas e Calçada do Lorena.

A contrapartida da gestora será a de exploração dos serviços de ecoturismo e de uso público. O investimento mínimo será da ordem de R$ 11 milhões, sendo R$ 5,5 milhões nos três primeiros anos de administração.

O Diário visitou o lugar recentemente e verificou que vários destes locais que serão contemplados com as intervenções já receberam estudo para que as características originais sejam mantidas.

O equipamento ainda mantém área de preservação ambiental e que permanecerá sob responsabilidade da Fundação Florestal, instituição vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
 




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