Diarinho Titulo Você sabia?
Por que alguns balões flutuam?

Os diferentes tipos de gases utilizados para encher o enfeite são determinantes para fazê-lo voar ou não

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
11/04/2021 | 00:01
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Pixabay


As possibilidades de os balões de todos os tipos voarem ou não ocorrem por causa dos gases que são utilizados para enchê-los. Dentro desse detalhe, se destacam as diferenças em torno da chamada densidade, uma propriedade física que todos os materiais possuem e que corresponde a uma relação entre a massa do material e o volume ocupado por ele. O ‘ar’ utilizado no caso irá determinar se o item é capaz de flutuar ou ficar no chão.

Os balões que fazem parte da decoração de festas acabam por ser exemplos dessa separação. Quando são enchidos com gases menos densos que o meio em que se encontram – no caso, o ar atmosférico ao nosso redor –, eles flutuam. O gás hélio é um dos mais usados para encher os enfeites. Como eles são menos densos que o ar atmosférico, o fazem flutuar, assim como acontece ao utilizar gases como hidrogênio, amônia e metano, por exemplo.

Ao enchermos o balão com a boca, talvez a forma mais simples de se realizar esse processo, o ar expelido tem praticamente a mesma densidade do ar atmosférico e ele não consegue voar para o alto. Outros gases que também fazem o feito são o propano e butano, ambos componentes do gás de cozinha.

É comum perceber que os balões preenchidos com gás hélio parecem perder força e começam a murchar. Isso acontece porque o gás está escapando pelos poros (pequenas aberturas) da borracha ou de qualquer outro material que compõe o enfeite. O fenômeno é conhecido como efusão gasosa. Quanto menor a densidade de um gás, mais rápida é a velocidade de efusão, ou seja, de como o gás dentro do balão está saindo. No caso do hélio, ele se esvazia muito mais rápido do que o enchido com o ‘ar da boca’, cuja densidade é em torno de sete vezes maior. 

Em 2018, o paraquedista brasileiro Luigi Cani voou em casa flutuante de mentira pesando 210 quilos com a ajuda de 1.000 balões gigantes

Consultoria de Ricardo Eidi Honda, professor de química do Colégio Harmonia, de São Bernardo.




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