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A fila para a vacinação e o ‘enfermeiro’ Paulo Serra
Por Fábio Martins
02/04/2021 | 00:28
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Prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB) gosta de acompanhar de perto o ritmo de vacinação contra a Covid-19 no município. É comum vê-lo em um dos drive thrus instalados pelo governo para agilizar o processo de imunização dos idosos. Ele aproveita para conversar com os cidadãos e colher impressões da população sobre a qualidade dos serviços. Dia desses, foi surpreendido por pedido inusitado. Uma das senhoras que aguardavam na fila perguntou se ele não poderia lhe aplicar a dose. Disse que gostaria de eternizar o momento em fotografia. Embora lisonjeado, o tucano foi obrigado a declinar. Explicou que, formado em economia, não pode executar atividade exclusiva dos profissionais da saúde. “Mas o senador Serra, que também é economista, já aplicou no Lula”, lembraram-lhe, sobre a famosa cena em que o então governador José Serra (PSDB) aparecia vacinando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Será que governador tem licença para vacinar?”, questionou o chefe do Executivo andreense. Não, não tem. Na verdade, o episódio de 2008 foi uma bem sacada estratégia de marketing que juntou dois adversários políticos para promover a campanha de imunização contra a gripe – e José Serra apenas simulou a injeção em Lula.

BASTIDORES

Ao Sol
Presidente da Câmara de São Caetano, Pio Mielo (PSDB) retomou a agenda pública nos últimos dias. E acumula compromissos, inclusive fora dos limites municipais. Ontem, além de visita ao Diário, onde conversou com jornalistas, foi tomar café com o deputado federal Alex Manente (Cidadania), em São Bernardo. Depois de três meses trancado em casa, onde se dedicou a trocar fraldas e a embalar a pequena Natália Manfrin, a mais nova integrante da família, o tucano voltou a fazer o que mais sabe: política.

280 caracteres
Com a postagem de que o município que administra atingiu a marca de 90 mil vacinados, ou 12% de sua população, Paulo Serra voltou na quarta-feira a atualizar sua conta no Twitter. A mensagem anterior datava de 31 de julho de 2016: “Momentos de um dia especial! Oficialmente sou candidato a prefeito de Santo André pelo PSDB”, dizia.

Fundação do ABC
Depois de Mauá, ao menos mais dois municípios do Grande ABC preparam questionamentos sobre as quarteirizadas que prestam serviços à FUABC (Fundação do ABC). Vereadores de Santo André e São Caetano desconfiam das relações entre a presidente Adriana Berringer Stephan e algumas dessas empresas de saúde. À coluna, fontes a par do assunto dizem que falta transparência aos processos de subcontratação. Embora seja muito difícil que iniciativas deste tipo vinguem, aventou-se até mesmo a criação de CPI.

Ranking
Nenhum município da região aparecia no topo de ranking elaborado pela consultoria Macroplan, e publicado pela revista Exame, sobre as 100 maiores cidades brasileiras onde havia, até 11 de março, menos registros de mortes causadas por Covid-19. A liderança era ocupada pela pernambucana Petrolina, com índice de 65,3 óbitos para cada 100 mil habitantes. Na sequência vinham a paulista Taubaté, com 73,7, e a mineira Ribeirão das Neves, com 86. Diadema era a 43ª, com 135,9; Mauá a 66ª, com 165,8; São Bernardo a 83ª, com 192,9; e Santo André a 84ª, com 193,7.

Espectador
A comentada inércia do prefeito eleito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), no processo que pode lhe assegurar a volta ao Palácio da Cerâmica, abordada pela coluna na quarta-feira, não teria nada a ver com a falta de vontade do tucano de se sentar na cadeira que conquistou nas urnas. Analistas da cena política são-caetanense garantem que Auricchio aguarda o pico da pandemia passar para só então entrar de cabeça na batalha pelo julgamento de seu recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília. Fora do cargo, garantem, ele evita que os dados negativos produzidos diariamente pela pandemia na cidade recaiam sobre seus ombros – e levam o eleitor a sentir saudades de sua época na administração. 




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