Com o objetivo de captar investimentos para seu projeto de expansão, a Solvay Indupa, produtora de PVC e soda cáustica de Santo André, é autorizada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a abrir seu capital nacional para negociações na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

A empresa pretende alcançar o total de US$ 130 milhões com a emissão de suas BDRs no mercado nacional. Esse tipo de título é negociado na Bovespa por instituições brasileiras ligadas à uma matriz estrangeira que já tem o capital aberto em outro país.
 
Objetivo – O projeto visa aumentar a capacidade de produção da unidade instalada em Santo André. A empresa, apesar de ser Argentina, tem a sua maior operação instalada no Pólo Petroquímico, no Grande ABC.

Segundo o diretor financeiro do Grupo Solvay, Alberto Cancio, a opção pelo Brasil foi estratégica. “O mercado brasileiro é muito mais interessante que o argentino. O Brasil tem um potencial extraordinário”, afirma. 

Atualmente, a operação brasileira chega a ser maior que a da matriz, com produção anual de 150 mil toneladas de soda cáustica, 300 mil toneladas de VCM (matéria prima para a produção do PVC) e 300 mil toneladas de PVC.

Estratégia - Apesar de já estarem autorizados a iniciar as negociações na Bovespa, Cancio afirma que esse não é o momento mais adequado. “A crise norte-americana deteriorou muito o mercado. Vamos aguardar um momento positivo.”

O projeto de expansão da Solvay Indupa custará cerca de US$ 350 milhões. Parte desse capital vem do BNDES e outra de fundos próprios da empresa. A captação no mercado nacional deve custear a segunda fase dessa expansão.

Cancio acredita que até o final do ano as BDRs da Solvay Indupa já estarão em negociação na Bolsa. “Estimo que até dezembro o mercado estará mais estável”, comenta.

Para a execução da segunda fase da expansão, serão contratados mil funcionários temporários, que atuarão apenas na construção e montagem de estruturas. “Não será necessário aumento no número de funcionários fixos da empresa”, indica o executivo.