O cinema não narrou toda a saga galática. A batalha de Endor em Star Wars – Episódio VI: O Retorno de Jedi (1983) não foi a última nem o Império se deixou vencer pelos rebeldes sem armar seus cruzadores espaciais e resistir. Luke Skywalker não se tornou monge solitário, e Léia Organa e Han Solo não viveram exatamente felizes para sempre. O imperador Palpatine morreu mesmo? R2D2 e C3PO pararam de funcionar? Os episódios lançados na tela grande – de I a VI – são apenas um elo numa corrente de ficção chamada universo expandido, com histórias que remontam até 5 mil anos antes dos acontecimentos de Guerra nas Estrelas (1977), o episódio IV, e avançam pelo menos 34 anos depois deste filme. Veja alguns fatos das vidas dos personagens clássicos:

Depois de O Retorno de Jedi (1983) – O Império não acabou. A Aliança Rebelde implanta a Nova República se a democracia galática – havia gregos por lá para criarem este termo? O antigo palácio do imperador Palpatine se torna a sede, no planeta Coruscant. O almirante Thrawn, alienígena com fisionomia humana, mas de pele azul e olhos vermelhos, é o estrategista que tenta recriar o Império, mas é traído na tentativa. Tropas e bases imperiais que se recusam a entregar o poder à Nova República mantêm a guerra nas estrelas.

Princesa Léia Organa – Assume como chefe de Estado. Porém, a heroína afasta-se da política para cuidar de uma rebelião. Ao fim de 15 anos, a política volta a ser seu interesse. Ela aprende a usar o sabre de luz e a Força – vale tudo em política, aqui e nas estrelas – e é eleita para outro mandato, que dura sete anos.

Yuuzhan Vong – É no governo do sucessor de Léia que ocorre a invasão dos Yuuzhan Vong, 21 anos depois de O Retorno de Jedi, e dura três anos. São guerreiros humanóides que se automutilam. Quanto maior a posição militar ou política, mais desfigurado o corpo. Não se preocupe, Lula não é dessa raça.

Luke Skywalker – Ainda comanda rebeldes contra ameaças à Nova República. Reorganizou a Ordem dos Jedi e montou uma academia. Mas não se vira só, com o sabre de luz. Conhece Mara Jade (treinada pelo Imperador para matá-lo, mas acabam se apaixonando). Casam-se, 15 anos depois da batalha de Endor, em meio a um atentado terrorista contra os rumos da galáxia. Oposição não perdoa nem casório.

R2D2 e C3PO – Prodígios cibernéticos, continuam funcionando mesmo com quase um século de uso. R2 foi padrinho de Luke e Mara Jade. C3PO acompanha Léia em missões diplomáticas.

Léia e Han Solo – O casal tem gêmeos, Jacen e Jaina, e um terceiro filho, Anakin Solo. Os três aprendem com Luke a ser jedis. Mas a família não vive num comercial de margarina: Anakin morre durante uma batalha. Jacen tem forte conexão com a Força, e Jaina encara o lado negro por algum tempo, graças à perda do irmão.

Chewbacca – Quando Darth Vader ainda era vivo, o wookie peludo teve um filho, Lumpawarrump, com o qual só convive depois de O Retorno de Jedi, ensinando-lhe a ferocidade guerreira dos wookies. Han Solo arranja mais bocas para alimentar tornando-se guardião dos filhos de Chewbacca, pois seu amigo wookie morre durante uma missão.

Palpatine – Esse é tal qual vaso ruim. No final de O Retorno de Jedi, Luke Skywalker e Darth Vader pensam que o imperador morreu, mas ele transfere sua energia vital para um clone escondido. Mais jovem, lança outro contra-ataque. Derrotado por Luke e Léia, usa outro clone... Antes que essa história ficasse chata, Han Solo atira nele um laser mortal. Palpatine tenta novamente a transferência, mas o jedi Empatajayos Brand intercepta a energia espiritual e morre, matando com ele o imperador. Como Palpatine fazia essa proeza? Durante seu reinado, torturou um mestre jedi para ensinar-lhe o segredo da transferência. Quando isso acontece, só o universo expandido explica.