Liberada hoje para os motoristas, a nova pista da Avenida Lions, em São Bernardo, terá radar de velocidade a partir da próxima semana. No trecho expresso, com extensão de 730 metros, o limite de velocidade é de 70 km/h, enquanto na pista local, a máxima é de 50 km/h. A via foi inaugurada ontem, após 25 meses em obras. O investimento total foi de R$ 39 milhões, sendo parte financiada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O secretário de Obras e Vias Públicas, Oscar Silveira Campos, explica que os equipamentos serão instalados nos dois sentidos da Lions, no trecho entre os viadutos da Avenida Senador Vergueiro e Rua Brasil. "É o ponto que mais nos preocupa, principalmente no sentido Santo André, pois é uma descida sem pontos de parada." O titular da Pasta avalia que não há necessidade de instalação dos radares na pista local, já que os cruzamentos semaforizados obrigam a redução da velocidade.

Na avaliação do secretário, as novas obras viárias do município evitarão que a Lions seja saturada rapidamente. "É o caso do Corredor Leste-Oeste, do viaduto do Km 22,5 da Anchieta e da duplicação da Lauro Gomes. Elas farão com que o motorista tenha mais opções para cruzar a cidade sem passar pela Lions."

O prefeito Luiz Marinho (PT) afirmou que irá procurar o chefe do Executivo andreense, Aidan Ravin (PTB), para tentar convencê-lo a retirar os semáforos instalados nesta semana na Avenida Prestes Maia, continuação da Lions em Santo André. "Não adianta dar fluidez aqui e parar do outro lado. Este é um corredor importante de ligação entre os municípios." Marinho cobrou que os vereadores da cidade vizinha também façam pressão no Executivo.

NOMES - Projetos de lei protocolados na Câmara de São Bernardo propõem a denominação dos três viadutos sobre a via: Osmar dos Santos Pereira, Professora Sílvia Aparecida Borges Espíndola e Ademir de Melo. Os elevados fazem a ligação da Avenida Senador Vergueiro, Rua Brasil e Avenida Vivaldi, respectivamente. Outro projeto, de autoria da bancada do PT, propõe que o trecho rebaixado passe a ser chamado oficialmente de Nova Lions.

Obra gerou quase 3.000 empregos diretos e indiretos

Desde abril de 2010, quando teve início a obra de rebaixamento da Lions, quase 3.000 pessoas trabalharam direta ou indiretamente na construção da avenida, em São Bernardo. Em homenagem aos trabalhadores, será afixada placa na parede da via com nome de todos os funcionários contratados pela empreiteira OAS.

Para abrir espaço para a nova pista, que tem três faixas de rolamento em cada sentido, foram retirados quase 100 mil metros cúbicos de terra, o equivalente a 6.500 caminhões. O material foi levado para depósitos em Mauá e no bairro Guaianases, Zona Leste da Capital.

As estruturas da via demandaram utilização de 1.200 toneladas de ferro, além de 18 mil metros cúbicos de concreto. Para a pavimentação das pistas, foram aplicados 60 mil metros cúbicos de asfalto.