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Protesto vira confusão em frente à Estação de Mauá da CPTM

Manifestantes criticaram fechamento do hospital de campanha, mas foram abordados por simpatizante de Atila, que arrancou material do local

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
11/08/2020 | 16:54
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Militantes da UP (Unidade Popular) que faziam panfletagem em frente à Estação Mauá da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ontem pela manhã acusaram aliados do governo do prefeito Atila Jacomussi (PSB) de roubarem o material de divulgação de protesto contra o fechamento do hospital de campanha na cidade – o equipamento funcionava no estacionamento do Paço, na região central.

A confusão começou quando um homem arrancou os jornais das mãos de uma das mulheres que distribuíam o periódico e se dirigiu para dentro da estação. No local, começou a dizer que o grupo estava sujando a cidade e colocou os papéis em uma lixeira. Os militantes da UP alegam que o homem que tomou os jornais da mão da integrante do grupo político foi identificado como Cleber Morais, que, em sua rede social, demonstra ser simpatizante de Atila.

"Houve claro movimento para impedir a atividade da UP. Não é a primeira vez que este homem comparece a uma atividade do nosso grupo com a intenção de nos intimidar. Nós não vamos reagir, mas há intenção de denunciá-lo”, disse Cadu Machado, um dos integrantes da UP.

Toda ação foi filmada pelos integrantes do movimento político, que realizavam live em frente à estação para a divulgação da panfletagem. Em alguns momentos, o homem chega a dar tapas no celular de uma das manifestantes, que caiu no chão. “Vocês estão sujando a cidade”, diz o homem que veste um moletom preto, calça jeans e máscara preta.

Não é possível ver na imagem, mas em dado momento os jornais dos integrantes da UP aparecem no chão da estação, dando a entender que o homem que pegou o material teria jogado os papéis. “Por que você jogou nosso material no chão?”, questiona uma das mulheres que realizavam a panfletagem. Um terceiro homem, que acompanha Cleber, joga o material no lixo da estação e leva o resíduo embora. O hospital de campanha foi desativado na segunda-feira, quando também houve protestos por causa de seu fechamento. À ocasião, a GCM (Guarda Civil Municipal) de Mauá deteve o repórter-fotográfico Denis Maciel, que registrava a desmontagem da unidade.




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