No início do ano, o engenheiro Rodrigo Fernando Laureano comprou um divã e algumas poltronas para seu escritório na loja Sofamil, em Santo André. A nota de compra determinava entrega em prazo de 25 dias. Mas três meses se passaram e nenhum sinal dos móveis. Laureano então pediu a devolução dos R$ 1,4 mil pagos. Recebeu somente 120 dias depois, sem correção. Agora ele recorreu à Justiça por danos morais. O caso também foi registrado em boletim de ocorrência.

Laureano conta que a Justiça foi a alternativa que o proprietário da empresa lhe ofertou durante as negociações. "No início, ele disse que não iria devolver o dinheiro nem entregar os produtos e me aconselhou a procurar a Justiça." A saída foi recorrer ao Procon de Santo André. Dias depois, o proprietário da loja devolveu o valor. "Mas por conta do desgaste e da demora em sanar o problema fui à Justiça."

Ao Diário, a loja disse que enviou a mobília ao consumidor. Laureano confirma, mas alega que os itens entregues não eram os escolhidos. "O divã era menor", argumenta. O consumidor então devolveu a mobília. "Foi quando comecei a negociar a devolução, mas só recebi depois de 120 dias de espera e sem correção."

A gerente do Procon de Santo André, Doroti Gomes Cavalini, informou que recebe muitas reclamações contra a empresa e que na maioria das vezes as queixas dos consumidores são por conta de problemas de fabricação da mercadoria ou de não-cumprimento do prazo de entrega especificado no pedido de compra.