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Homem esfaqueia amigo no bar, em São Caetano
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
22/04/2004 | 21:29
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Uma briga de bar quase terminou em morte na madrugada desta quinta no bairro Nova Gerty, em São Caetano. Depois de beber algumas doses de conhaque à beira do balcão, o ajudante Inácio Manoel Bezerra, 37 anos, convencido de que seu amigo, o protético W.C., dez anos mais velho, teria tido um caso com sua mulher, deixou-o falando sozinho por volta de 0h e foi para casa, distante algumas quadras dali, se armar.

Em seguida, o ajudante voltou ao bar armado. Em uma das mãos trazia uma faca de cozinha e na outra, um formão. O primeiro golpe atingiu o protético pelas costas; a faca rasgou seu abdômen. Mesmo ferido, C. correu até a rua, em direção a sua casa, mas foi seguido por Bezerra, que conseguiu dar outras duas facadas no amigo. O ataque foi interrompido pelo dono do bar onde os dois bebiam, que partiu ao encalço da dupla com uma banqueta nas mãos.

Depois de ameaçar o ajudante com a banqueta, o comerciante conseguiu fazer com que Bezerra desistisse de esfaquear novamente C.. Policiais civis que passavam pela rua Visconde de Inhaúma, onde fica o bar, encontraram os três no cruzamento da via com a rua Silvia. C. estava caído na calçada e Bezerra ainda tinha a faca nas mãos; ao lado dos dois, o comerciante permanecia imóvel com a banqueta nas mãos.

Eles conversaram com o ajudante, que se entregou sem reagir. Algemado, Bezerra foi levado para a delegacia sede de São Caetano, onde foi indiciado por tentativa de homicídio e, em seguida, levado à Cadeia Pública da cidade, onde deverá aguardar julgamento.

C. foi levado às pressas por uma ambulância ao Pronto-Socorro Municipal da cidade. Pela gravidade de seu estado de saúde, o protético foi transferido ao Hospital Márcia Braido, na região central de São Caetano, onde permaneceu internado em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Na manhã desta quinta, ele passou por uma cirurgia e, segundo sua família, os médicos disseram que seu estado de saúde inspira cuidados e que ele corre risco de morrer.

Casado e pai de dois filhos, C. tinha por hábito conversar com amigos no bar. Na noite desta quarta, o protético chegou no estabelecimento por volta das 22h, acompanhado por Bezerra e outro homem, que ainda não teve sua identidade descoberta. Os três haviam se encontrado em uma padaria próxima e resolveram assistir a um jogo de futebol pela televisão do bar. C. dividia o espaço no balcão entre um pacote de pão e um copo de martini. Até o fim do dia desta quinta, Campos e Bezerra deveriam passar por um exame de dosagem alcoólica.




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