O conturbado ambiente do São Caetano ganhou mais um integrante. Lucas Moraes, empresário da cidade, assumiu cargo na diretoria e será o “braço direito do presidente Nairo (Ferreira de Souza)”, como ele mesmo se definiu. Sua primeira atribuição é conquistar patrocinadores para cobrir saldo negativo das contas, que chega a R$ 29 milhões desde que Saul Klein, antigo mecenas do clube, deixou de fazer as polpudas doações aos cofres.

“Fui convidado pelo Nairo para ajudar na administração, trazer patrocinadores e fazer planejamento para 2020. Vou ser espécie de diretor-geral. A primeira missão é controlar o rombo financeiro que o Saul deixou. Teve até jogador com salários atrasados que o Nairo teve de pagar. Para isso já fechamos com dois parceiros, que passam a estampar suas marcas na camisa do clube em janeiro. Não posso revelar quais são, mas é um do meio dos transportes e outro da área médica”, explicou Lucas.

O dirigente garante que sua relação com Nairo é das melhores possíveis. “Nos damos muito bem. Ele está bem chateado com os últimos acontecimentos e vim justamente para dar esse suporte, ser o seu braço direito na administração. Além de patrocinadores, vou ajudar também na montagem do elenco, enfim, fazer de tudo um pouco”, destacou Lucas.

O currículo do dirigente é curto. Com 29 anos, ele atuava como empresário de futebol e no início do ano teve ligeira passagem como diretor de futebol do Arapongas, da Terceira Divisão do Campeonato Paranaense. Ele tentou iniciar trabalho de reorganização do clube, havia trazido dois jogadores experientes para compor o elenco – Jorge Preá e Augusto Recife –, mas depois entrou em desacordo com o presidente Renato Rodrigues e deixou o cargo.

“Fiz alguns cursos na área de gestão do futebol, atuava como empresário quando surgiu o convite do Nairo para assumir esse cargo na diretoria. Resolvi aceitar porque sou de São Caetano e esse clube é grande, é muito amado para estar nesta condição. Com humildade vamos reformular tudo, trazer novamente o torcedor, investir em novas camisas e fazer o time crescer outra vez”, projeta.

Apesar da empolgação do novo dirigente, Nairo, que desde 8 de outubro está afastado da presidência da AD São Caetano, mas segue como proprietário da São Caetano Futebol Ltda, empresa que administra os interesses esportivos do clube, adotou cautela. “(Ele) Não é diretor-geral, é um amigo que veio ajudar no departamento procurando patrocínio. Essa é a função dele. Só isso. À busca de recursos”, comentou por meio de mensagem.