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Expande-se a mancha urbana de Santo André

A foto de hoje não é inédita. Memória a publicou em 1991. E a republicamos porque encontramos outra foto, do mesmo ângulo, feita anos depois

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
13/09/2011 | 00:00
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A foto de hoje não é inédita. Memória a publicou em 1991 (31 de janeiro). E a republicamos porque encontramos outra foto, do mesmo ângulo, feita anos depois, quando se construía a Avenida Perimetral - início da década de 1970. Esta segunda foto será publicada amanhã.

As duas fotos se completam e mostram a expansão urbana de Santo André. A foto de hoje é dos anos 1940. Foi feita por Darci Martins e repassada a Memória por Décio Martins. Escolares desfilam pela Rua Justino Paixão.

Décio Martins e Marlene Serra ajudaram-nos na identificação e nas lembranças, conforme os tópicos publicados em 1991:

1 - Não havia, em Santo André, nem a Avenida Ramiro Colleoni nem a Rua Álvares de Azevedo neste trecho. Pelos fundos do vale onde estão hoje essas vias podia ser visto o Córrego Carapetuba, que nasce pelos lados do bairro Paraíso e deságua no Tamanduateí. E que está quase todo canalizado.

2 - A feira livre central era montada na Justino Paixão, entre o Córrego Carapetuba e a Coronel Fernando Prestes. Na Avenida Portugal já existia o Hospital da Beneficência Portuguesa.

3 - Na Avenida José Cabalero, sequência natural da Justino Paixão, começava a chácara Bastos.

4 - O tanque da São Paulo Railway ficava entre a Avenida Portugal e a Justino Paixão. Abrangia parte da atual Perimetral e estacionamento da OAB. O tanque atemorizava. As mães falavam do seu perigo às crianças. Estas evitavam passar até mesmo na calçada das vias próximas ao tanque. Era um tanque todo cercado, com a casa do caseiro e um portão com trilhos de trem.

5 - A foto mostra o espigão da Rua Fernando Prestes, ao fundo. É possível observar bem, à direita, o vale do Carapetuba e os quintais em declive da Fernando Prestes, que chegavam bem perto do córrego. À esquerda, depois do rio, todos os terrenos já estavam ocupados. 

AMANHÃ EM MEMÓRIA
Trinta anos depois, a cidade rasga a Perimetral. 

Legenda da foto: Ciclistas descem a Rua Justino Paixão e cruzam o vale do Carapetuba em direção à Avenida Portugal: ao fundo, a Rua Coronel Fernando Prestes, continuação da Rua Coronel Oliveira Lima

FAUSTO POLESI

News Seller, ao ser lançado, provocou o maior impacto, tanto nas Câmaras como nas Prefeituras. Os diretores não eram conhecidos dos prefeitos e vereadores. E por um processo até inexplicável, a classe política, mesmo criticada, em nenhum momento teve a petulância de nos cobrar qualquer tipo de posicionamento.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 13 de setembro de 1981 

Manchete - Alemães e italianos exigem ser ouvidos em decisões dos EUA

Trens - Rede Ferroviária Federal desativa amanhã estação da Eletrocloro; estação no Parque das Américas só em 1982.

Política - "Esquerdas não ameaçam estrutura do poder no País", afirma Paulo Schilling, em entrevista ao jornalista Zeilton de Oliveira. Schilling, ex-militante comunista, estava vinculado ao novo PTB.

Esportes - Santo André: um ponto garante título dos Jogos Abertos do Interior, disputados em Ribeirão Preto.

EM 13 DE SETEMBRO DE... 

1931 - Lançada a pedra fundamental do novo edifício da Escola Brasileira Alemã, em Santo André.

1966- Estudantes da Faculdade de Engenharia Industrial de São Bernardo realizam assembleia para discutir a sua participação no próximo Congresso da União Estadual dos Estudantes.

- Criado o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), a ser aplicado aos optantes a partir de 1º-1-1967. Começa a cair a chamada lei da estabilidade no emprego.

TRABALHADORES

Nascem em 13 de dezembro:

1922 - Aloísio Gomes Crispim, natural de Alagoas. Operário da Rhodia. Residia à Rua 19, 113, Jardim Santo André.

1924 - Helena V. Rodrigues, natural da Hungria. Maquinista da CBC. Residia à Rua dos Coqueiros, 1306.

FONTE: 1º livro geral de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

SANTOS DO DIA

Eulógio 1º, João Crisóstomo, Ligório e Maurílio. São João Crisóstomo (Antioquia, Síria, Ásia Menor, 309 - 407). Sacerdote, orador brilhante, doutor da Igreja. Autor de numerosos escritos, com destaque para o livro Sobre o Sacerdócio, um clássico da espiritualidade monástica.

FONTES: Folhinha do Sagrado Coração de JesusCF159, Vozes, 2011; site: paulinas.org.br

FALECIMENTOS 

SÃO BERNARDO

Yocico Yendo, 94. Natural de Ribeirão Preto (SP). Dia 9. Cemitério Jardim da Colina.

Anita Martins da Silva, 85. Natural de Minas Gerais. Dia 10. Cemitério Jardim da Colina.

Nicola de Souza Martins, 80. Natural de José Bonifácio (SP). Dia 9. Cemitério dos Casa.

Ana Maria da Conceição Mendes, 78. Natural de Queluz (SP). Dia 8. Cemitério dos Casa.

Laura Alves de Oliveira, 72. Natural de Jaguarari (BA). Dia 9. Cemitério dos Casa.

Mauro Tadão Sasaki, 57. Natural de Apucarana (PR). Dia 10. Cemitério Jardim da Colina.

José Carlos dos Santos, 57. Natural de Aquidabã (SE). Dia 10. Cemitério Jardim da Colina.

Crispim do Carmo, 57. Natural de Conceição do Coitê (PE). Dia 9. Cemitério dos Casa.

Mauro Francisco de Oliveira, 53. Natural de São Bernardo. Dia 9. Cemitério dos Casa. 

SÃO CAETANO

(Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica)

Leonice Simonaio, 83. Natural de Taquaritinga (SP). Dia 8.

Sebastiana Argeri, 76. Natural de Santa Rosa (SP). Dia 9.

Severino Laurentino dos Santos, 62. Natural de Bezerra (PE). Dia 8. 

DIADEMA

Antonia Luiza de Jesus, 80. Natural da Bahia. Dia 8, em São Bernardo. Cemitério Vale da Paz. 

MAUÁ

Gumercindo Ferreira As, 75. Natural de Barra da Estival (BA). Dia 9. Cemitério Santa Lídia.

MISSA - Arnaldo Mendes (Colombo). 7º dia. Hoje, às 19h, Matriz de São José, em Vila Baeta Neves.

PADRE ROMANO BEVILACQUA
(Presina Di Piazzola, Padova, Itália, 11-11-1920 - São Bernardo 9-9-2011) 

Ano passado, por ocasião do seu 90º aniversário, padre Romano Bevilacqua dividiu conosco as suas memórias, numa série em que ele fala da família, da vocação sacerdotal, dos estudos, da vinda para São Bernardo em 1946. Em vários momentos da sua fala, toda a emoção de um homem que sabia se comunicar e enternecer:

1 - Quando estava no seminário eu pensava que talvez pudesse chegar ao novo século e assim chegar aos 80 teria sido graças a Deus. O tempo passa depressa e quase sem perceber.

2 - Como padre devo agradecer a Deus e àqueles que me ajudaram na vida. Devo agradecer o fato de ainda estar trabalhando. De 22 colegas no sacerdócio, faço parte dos seis vivos.

3 - Comecei em 1946 em São Bernardo. Depois de tanto tempo a Providência me fez voltar para São Bernardo. Tenho consciência de ter chegado ao ponto final. Espero que Deus, na hora de minha chegada me receba como servo bom e fiel e envie outro para meu lugar.

O trecho mais comovente é o que o padre Romano fala da sua decisão mais importante:

4 - Nós três (eu, Nossa Senhora e o sacrário) vamos decidir aqui, agora, se vou ser padre ou se vou embora. Depois de 15 minutos, olhando para Nossa Senhora e para o sacrário decidi que iria ser padre. Estava de volta ao seminário.

Filho de Francesco e Maria Spigaroil, padre Romano Bevilacqua exerceu o sacerdócio até o fim. Semana passada atendeu a fiéis na Matriz da Boa Viagem. A velha e histórica matriz, sua casa, dos colegas e amigos padres Giuseppe e Ervino. Partiu aos 90 anos. Todo o Clero do Grande ABC, inclusive o bispo diocesano, dom Nelson Westrupp, esteve presente na missa de exéquias, celebrada no sábado, dia 10. E ao translado até o Cemitério de Vila Euclides. A missa de 7º dia será celebrada dia 16, às 19h.




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