Os docentes da FSA (Fundação Santo André) descartaram a possibilidade de greve, em assembleia, ao levarem em consideração o período de vestibular, que será no próximo mês. No entanto, os professores exigem da reitoria o pagamento dos salários atrasados desde 2015 e direitos trabalhistas, como o 13º salário deste ano.

A assembleia reuniu cerca de 70 docentes no auditório da faculdade de Engenharia da universidade na terça-feira. No encontro, os professores debateram sobre a resposta da reitoria com relação à pauta de reivindicações elaborada na assembleia geral extraordinária, realizada no dia 22, quando o corpo docente declarou estado de greve.

“Aconteceu um episódio nunca antes registrado na Fundação Santo André. A reitoria enviou um comunicado onde, ao invés de responder às reivindicações do corpo docente, ou qualquer proposta de pagamento de salário, enviou uma carta pedindo aos professores que votassem contra a greve”, disse o diretor do Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do ABC) e professor de Relações Internacionais da FSA, Marcelo Buzetto. Para o sindicato, a reitoria interviu na livre escolha dos docentes. “O documento é uma clara tentativa de intimidação e ameaça. O departamento jurídico do sindicato caracteriza inclusive como assédio.”