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Proteína é enigma, diz brasileiro
Das Agências
13/02/2001 | 00:17
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O geneticista paranaense Salmo Raskin, que faz parte do projeto Genoma Humano desde 1990, disse que o desafio agora é compreender como as proteínas interagem nos genes. “Aí saberemos o que é e o que não é genético na pessoa”, afirmou. Esse é um dos passos que poderá levar, no futuro, a serem fabricados medicamentos particularizados, dependendo das características do genoma. Para ele, a grande novidade do anúncio divulgado nesta segunda nos Estados Unidos é que “o número de genes não é tão importante quanto se imaginava”. “O diferencial está nas proteínas e na influência do meio ambiente”, afirmou.

De acordo com o geneticista, essa descoberta deixa vislumbrar pelo menos três caminhos. O primeiro deles, a possibilidade de se realizar diagnósticos precoces de doenças genéticas. Segundo ele, hoje há cerca de 12 mil doenças genéticas conhecidas. Com o diagnóstico precoce é possível evoluir para o segundo caminho, que é o tratamento por meio do “conserto do material genético errado ou com medicamento”.

Ele acredita que esse passo pode ser mais rápido porque os cientistas se voltarão em peso para essa descoberta. O terceiro caminho é o “desenho de medicamento particularizado para cada pessoa”. Segundo ele, há características no código genético que fazem com que alguns medicamentos não sejam aceitos por todos os pacientes, apesar do mesmo diagnóstico de doença. “Para essas pessoas poderão ser desenvolvidos medicamentos específicos”, afirmou.




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