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O dilema do 13º na Câmara de Mauá
Por Raphael Rocha
08/12/2017 | 07:00
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A instituição do 13º salário e de um terço de férias aos vereadores, prefeito e vice de Mauá foi aprovada em definitivo na sessão de ontem, mas o núcleo duro do governo Atila Jacomussi (PSB) e o presidente da Câmara, Admir Jacomussi (PRP), estão com o pé atrás com relação ao tema. Muita gente próxima ao prefeito garante que Admir buscou convencer os parlamentares a não avançar no debate neste momento, até porque é semana de celebração do aniversário de Mauá e uma agenda negativa poderia contaminar um período de festejos e inaugurações. Porém, no fim da semana passada, Admir foi enquadrado por alguns vereadores, que teriam exigido a implementação da bonificação. Corre a informação nos bastidores da Casa que os mais animados com o 13º salário eram Fernando Rubinelli (PDT), Bodinho (PRP), Neycar (SD), Betinho da Dragões (PR), Sinvaldo Carteiro (PSDC) e Adelto Cachorrão (PTdoB). Vale lembrar que o STF (Supremo Tribunal Federal) liberou o pagamento do benefício aos políticos. Mas muitos criticam a instituição por conta do momento econômico de dificuldades nas cidades.

BASTIDORES

Estratégia
O governo do prefeito Paulo Serra (PSDB), de Santo André, avança no debate para apoio de uma única dobrada na eleição do ano que vem. Seria um nome exclusivo a federal – a tendência é o secretário de Segurança, Edson Sardano (PTB) – e um a estadual, de preferência do PSDB. Para a Assembleia, a concorrência é maior: os vereadores Pedrinho Botaro e Professor Minhoca, além do secretário de Esportes, Marcelo Chehade, estão no páreo. Interlocutores do prefeito acreditam que Pedrinho tende a ficar no Legislativo, exercendo posto de líder do governo. Chehade, por sua vez, conta com atuação elogiada à frente da Pasta de Esportes. Por isso, há quem aposte que Minhoca pode ficar com a missão.

Café da tarde
Na terça-feira, durante o protesto de demitidos da FUABC (Fundação do ABC) que atuavam nos equipamentos públicos de Mauá, um fato curioso foi encarado com bom humor pelos presentes. O presidente da Casa, Admir Jacomussi (PRP), decidiu cortar a luz e o ar-condicionado, na esperança de esvaziar o plenário. Passadas algumas horas, a assessoria do oposicionista Marcelo Oliveira (PT) foi a um supermercado em frente à Câmara e comprou comida aos manifestantes. Quando as luzes foram acesas, a surpresa: o secretário de Governo, João Gaspar (PCdoB), e vereadores aliados de Atila Jacomussi (PSB) faziam a boquinha com os produtos.

Nomeação
Irmão do vereador licenciado de Santo André Roberto Rautenberg (PRB), Ricardo Rautenberg foi contratado para trabalhar como comissionado na Unidade de Planejamento e Assuntos Estratégicos na Prefeitura andreense. Roberto Rautenberg está fora da Câmara desde o começo do segundo semestre alegando motivos pessoais.

Visita
Ex-vereador de São Bernardo, Osvaldinho Camargo esteve na quarta-feira na sessão, para conversar com antigos colegas de Casa. Osvaldinho é primeiro suplente do PPS e recebeu 2.735 votos na eleição do ano passado.

Alegações
Demitido do governo de Paulo Serra (PSDB), de Santo André, Marcio Colombo, um dos líderes do MBL (Movimento Brasil Livre) na cidade, justificou alguns posicionamentos críticos à administração que levaram ao seu desligamento. O principal deles foi questionamento sobre reajuste do IPTU. “O MBL sempre defendera o Estado mínimo, corte de impostos e alíquotas, continuamos apoiando os governos em todas as ações de austeridade econômica, eficiência e bom uso da máquina pública, porém sempre se posicionará publicamente ao confrontar políticas contrárias a esses princípios. 




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