Luiz Sacilotto (1924-2003), o artista plástico andreense cujo nome é referência da arte no Brasil, morreu há três anos (em 9 de fevereiro de 2003). Pioneiro do concretismo no país, em 1952, ao lado de gente do porte de Waldemar Cordeiro e Geraldo de Barros, o pintor e escultor legou uma obra que desperta contínuo interesse. Sempre há uma exposição onde há um Sacilotto. Sempre há alguma novidade envolvendo seu nome.

Sacilotto passou praticamente toda a vida a criar obras de caráter geométrico. Quadrados, círculos e triângulos representados por ele em planos ganharam movimento. Por meio da ilusão de óptica, as telas bidimensionais parecem tridimensionais. Tal ilusão surge com a disposição modular de elementos geométricos e o uso de cores. Foi ainda um intelectual de formação humanista, característica de uma geração que aos poucos sai de cena.

Alguns dos tantos itens do currículo de Sacilotto: trabalhos em importantes coleções públicas e privadas, participação em relevantes mostras e tema de livro (Sacilotto), de trabalhos universitários e de site (www.sacilotto.com.br). Além disso, tem diversas obras públicas em Santo André, cidade à qual também empresta seu nome à instituição Casa do Olhar e ao Salão de Arte Contemporânea. As homenagens foram feitas – e felizmente ainda em vida – e sua arte, instigante e dinâmica, tem vida própria. Duro mesmo, para os amigos, é a falta de seus contundentes e cabíveis comentários e críticas.