No Aeroporto Internacional de Pelotas o clima era de expectativa. Por volta das 20h30min os curiosos começaram a chegar ao local para acompanhar o desembarque dos sobreviventes. Às 21h, o avião da FAB aterrissou e os pesquisadores desceram. Braços cruzados, semblante fechado e caminhar acelerado. César Rodrigo dos Santos,36, biólogo pela Unisinos e a mulher, Gabriela Werle, ambos da cidade de São Leopoldo contam com sentimento o que presenciaram no momento do acidente. "Eu fui o primeiro que viu quando tudo começou. Entramos rápido para chamar o grupo, mas o fogo estava tão alto que não teve o que fazer", conta Santos.
Erli Costa, 33, foi outra sobrevivente. Gaúcha de Herval Grande, ela mora há sete anos no Rio de Janeiro com o marido que conheceu em uma de suas visitas à Antártida. "Escutei o barulho do pessoal falando, achei que fosse brincadeira. Mas não era", conta. Ela estava calma, até receber a notícia de que os companheiros tinham morrido. A última vez que viu os militares foi quando eles colocaram a máscara para entrar na casa das máquinas para tentar inibir o fogo. Erli acompanhou até o último minuto e saiu profundamente triste pelas perdas. "Não tentei salvar nada. Tentei ajudar o pessoal", diz.
A outra pesquisadora gaúcha que desembarcou foi Aparecida Basler, que não quis falar. De uma maneira geral, todos que desceram do avião estavam transtornados, tensos e sem muita vontade de conversar com a imprensa.
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