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DEM forma o bloco ‘Unidos por Sto. André’
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
27/05/2007 | 07:06
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O DEM de Santo André é o primeiro grande partido do município a anunciar uma coligação visando a disputa das eleições municipais de 2008. Segundo o presidente da legenda e pré-candidato a prefeito, Raimundo Salles, a sigla encabeçará o bloco Unidos por Santo André, que contará ainda com PSDC, PTC e PtdoB.

“Iniciaremos o trabalho com estes partidos. Apesar de serem siglas pequenas, estão unidas em prol de um mesmo objetivo. Ter chapa completa de vereadores e candidato próprio a prefeito, colocando-se como oposição ao PT”, ressalta.

Salles garante que a coligação já possui 41 pré-candidatos ao Legislativo, sendo 28 homens e 13 mulheres. A idéia, adianta, é concorrer com pouco mais de 100 nomes. “Na última eleição fizemos dois vereadores (Itamar Fernandes e Paulinho Serra, hoje no PSDB) sem candidato a prefeito. Agora é diferente. Temos objetivo claro de fazer de três a quatro parlamentares tranqüilamente”, destaca.

Apesar do atual distanciamento, Salles ressalta que o DEM não desistiu de unir forças “preferencialmente” com o PSDB. Questionado se aceitaria ser vice-prefeito em uma chapa indicada pelos tucanos, ele lança um desafio. “Proponho a realização de uma pesquisa. Quem estiver mais bem colocado é o candidato a prefeito e o outro, vice. Trata-se de uma forma democrática de escolher o candidato”, relata. “Mas ninguém pode negar que fui o candidato com maior votação na cidade (em 2006)”, acrescenta.

Impasses - Salles fez questão de comentar dois assuntos que vêm pautando os encontros dos democratas nos últimos dias, além da eleição: o pedido de cassação do mandato do vereador Paulinho Serra e os desentendimentos com o parlamentar Itamar Fernandes, que insiste em votar com a administração petista.

Em recente reunião do diretório, que não contou com a participação de Salles (em viagem ao Exterior), a maioria dos filiados decidiu seguir a determinação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de que os mandatos pertencem aos partidos e entrar com pedido na Câmara para reaver a cadeira de Serra, que trocou o DEM pelo PSDB após ser eleito.

“Particularmente, sou contrário à cassação, apesar de achar que ele (Serra) pagou toda a minha lealdade com ingratidão. Mas foi uma decisão da maioria e tenho de respeitar, até porque não sou ditador”, afirma Salles.

O democrata ainda rebate o discurso de Serra, que alega ter deixado o antigo PFL porque o partido deixara de ser oposição. “É mentira. Ele saiu por interesses pessoais.”

Quanto à situação incômoda de Itamar Fernandes, Salles descarta qualquer chance de ele ser expulso. “ Mas ele não participará organicamente do partido enquanto apoiar o governo.”

Ele só não sabe responder se Itamar terá legenda para disputar a reeleição. “Essa questão não passa por mim. É uma decisão do diretório.”




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