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Chefe de segurança de poços de petróleo é assassinado no Iraque
Da AFP
16/06/2004 | 08:31
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O chefe da segurança dos poços de petróleo do norte do Iraque, Ghazi al Talabani, foi assassinado nesta quarta-feira em Kirkuk, a 250 quilômetros de Bagdá. A morte acontece um dia depois de um ataque contra um oleoduto no sul do país, que paralisou as exportações de petróleo.

Segundo a polícia iraquiana, Talabani foi assassinado em frente a sua residência. Um de seus guarda-costas ficou gravemente ferido no incidente.

Talabani, 54 anos, era um parente do chefe da União Patriótica do Curdistão, Jalal Talabani, e trabalhava com as forças americanas e a empresa de segurança Erinys.

Os oleodutos do norte do Iraque, em particular o principal que desemboca no porto turco de Ceyhan, no sul do Mediterrâneo, já sofreram várias sabotagens, que afetam as exportações.

Um deles, utilizado para abastecer o mercado interno, foi sabotado na terça-feira, o que provocou um incêndio. Pouco antes, a sabotagem de um importante oleoduto causou a interrupção das exportações de petróleo para os terminais do sul do país, principal saída das exportações petroleiras iraquianas, estimadas em 1,65 milhão de barris diários.

A polícia de Kirkuk também assinalou que a casa do diretor da universidade da cidade, Abbas Mohammad al Attar, foi alvo terça-feira de um ataque com foguetes antitanque e granadas, que destruíram seu automóvel e danificaram a fachada do prédio.

Desde a queda do regime de Saddam Hussein, em abril de 2003, há freqüentes confrontos entre as comundiades turcomana, curda e árabe da cidade.

Um comitê que se apresentou como a extensão do partido Baath iraquiano, dissolvido e clandestino, reivindicou a responsabilidade pelos atentados que paralisaram a produção de petróleo do país e anunciou mais violência, em um comunicado difundido esta quarta-feira na Europa.

O comitê, que se proclama "Partido Baath árabe e socialista", afirma que "as sabotagens das infra-estruturas estratégicas se multiplicam no Iraque" e assegura que o partido de Saddam Hussein é "a coluna vertebral e o impulsor da ação patriótica", em referência às recentes sabotagens de oleodutos no norte e sul do país.

Neste comunicado, o Baath anuncia sua vontade de "lançar a batalha de Bagdá, intensificar a luta armada em todo o território iraquiano e atacar sem piedade as forças de ocupação e seus agentes iraquianos".




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