Política Titulo Diadema
‘Nota 7’, Lauro prega humildade

Prefeito tenta evitar clima de já ganhou durante convenção que oficializou projeto à reeleição

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
26/07/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Oficializado na noite de ontem como candidato à reeleição pelo PV em Diadema, o prefeito Lauro Michels exaltou sua gestão, autoaplicando nota 7 pelo trabalho realizado ao longo de três anos e sete meses. O verde pregou humildade, evitando o clima de já ganhou, sentimento esse que contaminou a convenção partidária com cerca de 3.000 pessoas realizada nas dependências do Centro Cultural Okinawa, no Centro. O ato formalizou também a aliança com 15 partidos. Além disso, ratificou chapa pura do PV para a corrida eleitoral, com o posto de vice entregue ao vereador Márcio da Farmácia.

“Pegamos a Prefeitura com R$ 2,5 bilhões de dívidas e com outros R$ 130 milhões de restos a pagar (na verdade, R$ 48,6 milhões). E mesmo com esse quadro fizemos 184 quilômetros de asfalto, 26 núcleos habitacionais e reforma de 15 UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Vou ser mediano, minha nota é 7, porque o 10 seria a perfeição do serviço público, que isso está longe em todo o País de acontecer. Muito por conta de uma corrupção que está instaurada de cima para baixo. Enquanto não for solucionada, os municípios continuarão sofrendo. Ninguém aqui quer falar o já ganhou. O grupo está na rua para o bem. Eleição é uma caixa de surpresa”, profetizou Lauro.

A convenção do verde foi marcada também por prestígio de lideranças políticas. Foi exibido um vídeo com depoimento de apoio do governador Geraldo Alckmin (PSDB), além da presença o deputado federal Orlando Silva, presidente estadual do PCdoB, e do ex-deputado federal José Luiz Penna, presidente nacional do PV.

Emocionado, Lauro exaltou o arco de aliados e não deixou de atacar as candidaturas rivais, mirando os projetos do PT, com o vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e do PRB, do parlamentar Vaguinho do Conselho.

“O que existe são projetos mentirosos. Essas pessoas não querem o bem para Diadema, estão apenas usando de oportunismo, só para ser prefeito. Existe um contador de história e um que foi de um processo que fracassou e quebrou a cidade”, alfinetou. 

Gilson Menezes anuncia apoio à candidatura do verde

Mesmo ainda sem confirmar se vai ou não concorrer a uma das 21 cadeiras do Legislativo de Diadema, o ex-prefeito Gilson Menezes (PDT) endossou a decisão de seu partido e confirmou apoio incondicional pela reeleição do chefe do Executivo, Lauro Michels (PV). A confirmação põe fim a um histórico de ataques, acentuado em 2012, quando Gilson e Lauro estavam em lados opostos. O verde chegou a dizer que o pedetista tinha sido o pior prefeito da história do município.

Para ambos, tudo está superado. “A decisão do PDT em apoiar o Lauro teve a minha concordância, que se deu por uma série de análises. Principalmente pelo quadro colocado de candidatos. Ele conseguiu avanços importantes e provou isso, pagando parte do 13º salário no meio ano, enquanto que prefeituras do PT adiaram. O Lauro me mostrou muita humildade e merece uma segunda chance”, considerou Gilson.

Arrependido, Lauro reconheceu trabalho do agora parceiro político. “Eu fui prefeito e hoje vejo que o Gilson fez muito com tão pouco na década de 1980. Quem quebrou essa cidade foi o (ex-prefeito José de) Filippi (Júnior, PT), envolvido na (Operação) Lava Jato, junto com sua cria (ex-chefe do Executivo) Mário Reali (PT)”, pontuou o verde.




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