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Endividamento prejudica carreira de profissionais mais jovens
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
02/08/2010 | 07:03
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Soma e subtração. Cheque especial, cartão de crédito, contas para pagar ao fim do mês e uma conta bancária no vermelho. Essa situação é a realidade de 70% dos jovens que iniciam suas carreiras.

Endividados, os novos funcionários do mercado de trabalho acabam prejudicando o próprio desenvolvimento profissional por conta da falta de saúde financeira, é o que revela o educador de finanças, Reinaldo Domingos.

Segundo ele, a falta de dinheiro pode causar problemas como o absenteísmo (ausências) e a desatenção no trabalho, gerando dificuldades de ordem pessoal e profissional, como aumento de empréstimos consignados, baixa auto-estima, aumento de acidentes de trabalho, além de abalar a qualidade de vida familiar do colaborador.

Isso acontece por três motivos, principalmente. Primeiro é a falta de consciência financeira de se gastar além do que se recebe. Em seguida está o excesso de mídia/marketing sob produtos e serviços. Por último está a oferta de crédito fácil. "Esses três fatores são cruciais para o desequilíbrio financeiro. O jovem é impulsivo e se entrega ao consumismo, sem ao menos saber se suas contas já estão no limite. O que completa esse ciclo são os cartões e cheque especial", explica Domingos.

Seguido da dívida está a inadimplência. "A pessoa não consegue nem arcar com os parcelamentos que fez e acaba deixando de pagar as contas e carnês. É uma bola de neve", comenta.

Dentro desse universo, o jovem profissional não tem recursos de investir em sua carreira, por meio de um curso, pós-graduação, e acaba ficando para trás dentro de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

Mesmo no caso das empresas que investem em seus funcionários, o endividado não consegue apresentar o mesmo rendimento, já que suas preocupações estão voltadas à outras questões.

Solução - Não existe milagre para quem deseja mudar essa situação. A regra principal é se planejar e propor uma reeducação diária.

A boa e conhecida planilha é uma boa ferramenta. "Colocar sua receita na ponta do lápis e destacar as despesas de valor (que são essenciais, como a parcela do carro, da casa, condomínio,etc), é a melhor forma de se saber o quanto se pode ou não gastar", ensina Domingos.

Depois de equilibrar as contas é a hora de listar quais são as prioridades individuais e sonhos de consumo. "Não podemos atropelar as coisas. Se possível, o ideal é poupar dinheiro para comprar aquilo que se deseja. Guardar certa quantia para eventuais imprevistos também é bem vindo", aconselha Reinaldo.

Palestra - O Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola) realiza amanhã, às 8h30, a palestra Educação financeira, produtividade no trabalho e qualidade de vida.

O evento será no teatro Ciee (Rua Tabapuã, 445 - Itaim Bibi, São Paulo). As inscrições gratuitas e obrigatórias devem ser feitas pelo site www.ciee.org.br.

 




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