Se há algo que o esporte traz em seu âmago é uma boa história. E a premiação do 3º Circuito Popular, ontem, não foi diferente. Juntos, os vencedores de cada categoria puderam compartilhar experiências que têm a corrida como catalisador de uma mudança de estilo de vida.

Campeão da categoria acima de 61 anos, o ribeirão-pirense Eduardo Emídio, 62 anos, que até os 47 fumava e bebia, usou o esporte para sair dos vícios. “Começar a correr foi a melhor coisa que fiz na minha vida. Só me arrependo de ter bebido e fumado (risos). Hoje vivo a minha melhor fase”, contou.

O mesmo exemplo deu a são-bernardense Marli Brunhara Esquilar, 63, que venceu acima dos 61 anos entre as mulheres. Depois que se aposentou da profissão de bancária, há 13 anos, ela iniciou as corridas por incentivo das amigas e hoje já tem maratonas no currículo, além de já ter superado um câncer no intestino há três anos. “(O título) É fruto do resultado. Já fui a melhor maratonista do Brasil na minha faixa etária. Agora estou voltando ao desempenho de antes. Estou feliz”, festejou.

Na outra ponta do espectro, o mauaense Eduardo Barroso das Mercês, 19, campeão da faixa etária até os 20 anos entre os homens, sofria com o sobrepeso e chegou aos 105 kg. Hoje, com 66 kg, ele se inspira no pai, Ademir Fernandes das Mercês, que teve sua época de atleta, para superar seus limites. “Ele está cada vez mais surpreendendo a gente e chega onde eu não consegui”, disse o pai. “Devo tudo a ele, que me incentivou”, contou o filho.

A diademense Amanda Brejim, 19, campeã até os 20 anos, também acompanhou o pai. “Comecei com o triatlo, e hoje estou com a corrida. Fiquei feliz com este título, meu primeiro na corrida”, disse.