Exposiçao que se poderia considerar politicamente correta, "A Filosofia do Papel" tem como objetivo conscientizar a populaçao para a importância do reaproveitamento de materiais descartados como aspecto fundamental na preservaçao do meio ambiente. A base para as obras de arte sao, além do papel reciclado, papéis extraídos da fibra de banana, restos de cana-de-açúcar e outros.
Estarao expostas gravuras, fotografias, colagens suminagashi (conhecida como marmorizaçao japonesa) e desenhos. Haverá também apresentaçao de roupas confeccionadas em papel artesanal feito a partir da fibra de kozo (broussonetia kajinoki). No dia 27, às 19 horas, haverá uma palestra do professor e artista plástico Katsutoshi Mori, conhecido como Kamori, que também figura entre os expositores.
Fibras inusitadas - Kamori é famoso por suas pesquisas feitas com diversos tipos de papéis artesanais, compostos a partir das fibras de origens inusitadas, como as extraídas do kozo - uma planta típica do Japao, mas já introduzida no Brasil -, da taboa uma planta aquática comum em lagoas, e até do lírio. Ele é considerado um abstracionista geômetra e atua na gravura e no acrílico sobre tela, além do papel artesanal.
Um aspecto interessante no uso do papel reciclado está no seu caráter social. Kamori utiliza papéis produzidos por setores marginalizados da sociedade, como menores carentes, idosos e excepcionais. Todos aprendem os processos de fabricaçao o que, segundo os organizadores, promove a integraçao social. Dentre os artistas que estarao expondo na mostra estao Ana Paula Padim, Angela Cristina Dias, Daniela Sato, Eduardo Mori, Inês Kuba, Margarida Kobara, Sergio Goto de Lima e Yoko Shirai.
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