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Paulo Autran autografa CD com poesias de Fernando Pessoa
Do Diário do Grande ABC
23/05/1999 | 15:56
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Apaixonado pela obra do poeta português Fernando Pessoa, o ator Paulo Autran escolheu 17 poemas do autor, entre os seus prediletos, para interpretar no CD Fernando Pessoa por Paulo Autran, que Autran autografa nesta segunda-feira, a partir das 18h30, na Livraria Cultura, em Sao Paulo.

O CD é o sétimo da coleçao Poesia Falada, idealizada e produzida por Paulinho Lima pelo selo Luz da Cidade. Poesias de Vínícius de Morais, interpretadas por Odete Lara, e de Affonso Romano de Sant'Anna, por Tônia Carreiro, também integram a coleçao. O sucesso dos primeiros CDs de poesia estimulou Lima a estender o trabalho à prosa, numa nova coleçao - Os Imortais - que já conta com contos de Machado de Assis lidos por Othon Bastos, textos de Clarice Lispector, por Aracy Balabanian, e crônicas de Rachel de Queiroz por Arlete Salles.

Segundo Lima, entre os entusiastas do projeto estao os professores de português e literatura que vêem no trabalho uma porta de entrada para literatura. A gravaçao de poesias nao é novidade e foi justamente a lembrança de ouvir com prazer textos clássicos lidos por atores na coleçao Irineu Garcia, lançada na década de 50 com enorme sucesso, que estimulou Lima a levar avante sua idéia.

Nao por coincidência, Autran foi um dos primeiros a gravar na coleçao Irineu Garcia. E nao foi uma vez só. Interpretou textos dos escritores Gregório de Matos e Machado de Assis e também de poetas como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Os dois últimos discos, hoje raridadades, foram produzidos nos fim dos anos 60, a partir de um programa que o ator tinha na Rádio Eldorado chamado "Cinco Minutos com Paulo Autran".

"Foi um enorme prazer voltar a gravar poesias", afirmou Autran. Difícil mesmo foi selecionar tao poucas entre tantas de sua predileçao. Algumas sao mais conhecidas do público como Poema em Linha Reta, outras menos, como Vem Sentar-te Comigo Lídia, o que pode tornar ainda mais interessante a viagem do ouvinte, transformando-a em misto de reconhecimento e descoberta. Para o ator, o importante na interpretaçao de uma obra poética é fugir do tom declamativo. "Ode Triunfal, por exemplo, que retrata a velocidade e loucura características da vida urbana, deve ser dita num ritmo alucinante e ao mesmo tempo as palavras têm de soar claras." Exigência que está longe de ser um problema para uma ator com o talento e a experiência de Paulo Autran.




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