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Militares equatorianos renunciam em prol do país
Do Diário do Grande ABC
10/05/2000 | 16:00
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A renúncia do alto comando das Forças Armadas, nesta terça-feira, constitui um ``voto de sacrifício' em prol da uniao institucional, declarou nesta quarta-feira o ministro da Defesa, almirante reformado Hugo Unda.

O presidente Gustavo Noboa aceitou as renúncias do chefe do comando Conjunto das Forças Armadas, general Telmo Sandoval, do comandante-chefe da Marinha, vice-almirante Enrique Monteverde, e do comandante da Força Aérea, brigadeiro Ricardo Irigoyen.

Para o lugar de Sandoval foi designado o contra-almirante Miguel Saona. Para a Marinha foi escolhido novo comandante o vice-almirante Fernando Donoso e para a Força Aérea, o brigadeiro Osvaldo Dominguez.

A frente do Exército continuou o general Norton Narváez, que nao renunciara.

``Pelo bem do país e das Forças Armadas, espero que os novos comandos atuem profissional e positivamente', declarou Unda, através do canal 2 de televisao.

``A decisao dos senhores oficiais é um voto de sacrifício', afirmou, referindo-se às versoes sobre fissuras nas Forças Armadas devido à participaçao de oficiais do Exército na derrubada do presidente Jamil Mahuad, em 21 de janeiro, quando os militares apoiaram uma revolta indígena contra o governo.

Sandoval era comandante do Exército quando Mahuad caiu e Monteverde e Irigoyen ocupavam os cargos máximos de suas instituiçoes, mas foram envolvidos recentemente por outros generais na rebeliao dos índios.

Eles mantiveram silêncio em torno das acusaçoes, que envolviam ainda o ex-chefe do Comando Conjunto, ex-general Carlos Mendoza, que após a queda de Mahuad integrou uma fugas junta de governo com o líder indígena Antonio Vargas e o ex-presidente da Corte Suprema, Carlos Solórzano.

O ministro da Defesa, consultado sobre o pedido de anistia para mais de 100 militares, de coronéis para baixo, que apoiaram os índios no levante contra Mahuad, afirmou que esse é ``um problema muito complicado'.




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