Economia Titulo
Makita quer aumentar faturamento em 15%
Ana Paula Dutra
Da Redaçao
17/05/2000 | 07:23
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  A Makita, fabricante de ferramentas elétricas instalada há 19 anos em Sao Bernardo, espera aumentar seu faturamento em mais de 15% neste ano, subindo dos R$ 60 milhoes em receita conquistado em 1999 para mais de R$ 70 milhoes. Essa expectativa está baseada principalmente na renovaçao que está sendo feita no parque industrial da empresa, em inovaçao tecnológica e de métodos de produçao, que consumiu cerca de US$ 10 milhoes entre o fim de 1999 e início de 2000.

Segundo o vice-presidente da Makita, Satoshi Takahashi, a substituiçao do maquinário antigo aumentará substancialmente a produtividade da empresa, principalmente a partir do segundo semestre do ano, quando todas as novas máquinas estiverem em funcionamento. "O mercado existe. Só precisamos aumentar nossa produçao para poder atendê-lo e assim crescer. Dessa forma, vamos reduzir custos e aumentar nossa competitividade no mercado. O resultado só pode ser positivo", disse. Hoje a empresa produz cerca de 35 mil peças por mês, número que será ampliado após a remodelagem da planta.

Outro ponto que está sendo trabalhado na unidade da regiao é a capacidade de exportaçao. Takahashi afirma que a meta para este ano é exportar pelo menos 10% do total produzido pela empresa. No ano passado os envios ao exterior, principalmente aos Estados Unidos - maior importador dos produtos brasileiros da Makita -, nao ultrapassaram os 8% de seu faturamento total. "Nosso objetivo é, além de exportar as peças prontas, ser fornecedores de componentes de ferramentas para nossas outras seis unidades fabris no mundo no médio prazo. Acredito que essa seja uma tendência já que o Brasil é um país que possui vasta gama de matérias-primas disponíveis, o que nao acontece com outros países que têm de importar para poder produzir."

Um dos motivos que faz com que o executivo acredite em um crescimento constante da empresa é a boa aceitaçao de seu produto no mercado. Prova disso é o retorno que a empresa teve com a apresentaçao das 27 novas ferramentas na Feira da Construçao (Feicon), no mês passado. Takahashi explica que antes de passar a fabricar novos produtos na unidade de Sao Bernardo, as ferramentas lançadas mundialmente pela marca sao trazidas para o Brasil e, só depois de sua aceitaçao pelo mercado, é que a fabricaçao delas é iniciada.

 "A aceitaçao das ferramentas foi muito superior ao que esperávamos e, portanto, vamos de imediato iniciar a produçao de seis ou sete desses modelos. Os demais acabarao tendo de ser produzidos também, mas só após a remodelaçao do nosso parque fabril." Segundo Takahashi, cerca de 100 ferramentas sao lançadas todos os anos pela Makita no mundo e apenas 10 ou 15 passam a ser produzidas no Brasil. "Oitenta por cento de nosso mercado é concentrado na indústria da construçao civil, que apresenta muitas inovaçoes, e nós precisamos segui-las. Portanto, lançamos novos produtos e tiramos os obsoletos de nossa linha anualmente. Em 2000, mais peças deverao fazer parte de nossa produçao. Só na Feicon, conquistamos mais de 150 clientes, o dobro do ano passado", comemorou.




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