Economia Titulo Comércio
Dia das Mães não anima restaurantes

Após dez anos seguidos de crescimento na demanda para a data, setor espera estagnação

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
08/05/2015 | 07:00
Compartilhar notícia
Nario Barbosa/DGABC


O Dia das Mães, celebrado no domingo, não anima os comerciantes do ramo de alimentação no Grande ABC. A queda no poder de compra da população deve afastar parte dos consumidores dos restaurantes. O setor espera estagnação em relação ao movimento registrado no ano passado.

Apesar de, para a maioria dos estabelecimentos, não haver previsão de queda na demanda, a estabilidade é vista pelo setor como algo ruim. Isso porque, segundo o Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), nos últimos dez anos a procura nesta data vinha aumentando ano após ano. “A tendência é de quebra no ritmo de crescimento em razão da retração atípica da economia do País”, comenta o presidente da entidade, Roberto Moreira.

“Sempre registrávamos pequeno aumento na data, mas, neste ano, o pessoal está com o pé no freio. No dia a dia já sentimos um pouco essa queda no movimento e, para o Dia das Mães, não deve ser diferente”, afirma Mauro Rosa Júnior, proprietário do Rosa’s Churrascaria, em Santo André. O sistema da casa é à la carte e a média de gastos é de R$ 50 por pessoa.

No Fonte Leone, na mesma cidade, a previsão também é de manutenção dos números de 2014. “No ano passado, trabalhamos próximos à capacidade máxima. É difícil aumentar por conta do número de lugares. Para este ano, a procura deve ser semelhante: cerca de 300 pessoas”, diz o diretor Sérgio De Bessa. O estabelecimento funcionará em sistema de bufê, a R$ 78,50 só o almoço.

A direção do Baby Beef Jardim, de Santo André, estima público de 800 pessoas, similar ao do ano passado. O bufê por cliente custa R$ 139,50 e inclui sobremesas. Em São Bernardo, o São Judas Tadeu Demarchi espera 2.500 pessoas. Apesar do número alto, a demanda é 20% inferior à de 2014. O valor individual é de R$ 85. Estão inclusas sobremesas e bebidas à vontade.

Na contramão da tendência de estagnação ou queda, o 7 Mares, de São Caetano, aposta em aumento na procura. No salão do primeiro andar, o bufê será servido para quem tiver convites comprados antecipadamente, a R$ 97. Além da refeição, bebidas e sobremesas estão inclusas. “Já vendemos muito e está quase acabando. Apesar da crise, todo mundo quer homenagear a mãe”, ressalta o proprietário, Simon Calcin. No térreo, onde não há reservas, o preço individual é R$ 54,90 e inclui apenas o almoço.

Supermercados têm cardápios acessíveis

Quem está com o orçamento apertado, mas não abre mão de almoçar com a mãe, pode aproveitar os cardápios oferecidos pelos supermercados. Com opções variadas, os menus têm condições mais acessíveis do que as encontradas nos restaurantes.

No Extra, o Kit Mães custa R$ 89, serve de seis a oito pessoas, e vem guarnecido de arroz com brócolis, copa lombo, lasanha e torta de palmito. Já o Kit Feijoada, que acompanha arroz branco, couve e farofa, serve até quatro pessoas e é vendido a R$ 24,90.

Também podem ser comprados pratos separados, como torta de palmito (R$ 24,90), manta de pernil à pururuca (R$ 39,90) e sobremesas. As encomendas têm de ser feitas até o meio-dia de hoje em qualquer loja Extra Hiper.

No Carrefour, os alimentos são vendidos separadamente. Entradas, como salpicão de frango, saem a partir de R$ 18,90 o quilo. Pratos principais, como filé-mignon, lombo suíno e salmão assados custam a partir de R$ 41,90 o quilo. Encomendas têm de ser feitas hoje nas unidades São Caetano (Rua Aquidaban, sem número, bairro Fundação) e Santo André (Avenida Pedro Américo 23, Vila Humaitá). 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;