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Comércio eletrônico se expande no País
Emerson Coelho
Do Diário do Grande ABC
31/08/2009 | 07:00
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O comércio eletrônico no País vem crescendo a cada dia e ainda tem muito espaço para se expandir. Segundo especialistas, somente 3% do comércio varejista realiza negócios via internet. Nos Estados Unidos esse número é de cerca de 7%.

De acordo com dados da E-bit (empresa que é referência em informações sobre o segmento), no primeiro semestre deste ano as vendas on-line cresceram 27% em comparação com o mesmo período do ano passado e esse mercado de e-commerce movimentou R$ 4,8 bilhões.

"Só neste ano foram 2 milhões de novos consumidores que passaram a comprar pela internet e esse número tende a crescer cada vez mais dentro de um universo de 60 milhões de internautas do Brasil", explica o diretor geral da E-bit, Pedro Guasti.

Ele salienta que o comércio eletrônico no País tem a capacidade de surpreender até mesmo os mais otimistas. "O faturamento alcançado nesses primeiros seis meses do ano supera as expectativas. É um mercado muito dinâmico e competitivo e isso permite ao consumidor optar pelas melhores ofertas. Hoje, já passam de 15 milhões de pessoas que já tiveram pelo menos uma experiência de compra pela internet", afirma o executivo.

Segundo Guasti, com o crescimento vertiginoso do setor, torna-se cada vez mais importante que as empresas busquem seu espaço na rede mundial de computadores para vender seus produtos.

"Há cerca de dez anos bastava que a empresa tivesse seu espaço na web, mas hoje isso mudou e a internet tornou-se uma ferramenta indispensável para realização de negócios."

FERRAMENTAS - O professor da Fundação Getúlio Vargas e especialista na área de varejo William Ervedeira Maillaro, compartilha da mesma opinião e acredita que atualmente é indispensável para as empresas utilizarem as diversas ferramentas disponíveis na internet para alavancarem suas vendas e fidelizar clientes.

"Além do site, o uso de blogs, e-mail marketing e comunidades de relacionamento como Twiter, Facebook e Orkut ajudam a aumentar o fluxo de clientes para a loja física", comenta Maillaro.

O especialista aponta que a internet também é importante para que o comerciante entenda quais os hábitos dos consumidores, o que antes só era possível por meio de pesquisas.

"A web ajuda a aumentar as vendas por indicação de clientes que já compraram, além de ser uma importante ferramenta para divulgar promoções", explica.

Maior número de usuários favorece comércio virtual

Outro fator que contribui para o aumento das compras on-line, segundo especialistas, é o maior acesso da população à internet e a maior facilidade para compra de computadores.

"Atualmente observamos um crescimento de cerca de 41% na utilização da internet pela classe C; além disso, faixas etárias que antes não tinham acesso à rede hoje estão tendo. No ano passado, por exemplo, houve um incremento de 23% no acesso de pessoas com 65 anos ou mais", salienta o professor da Fundação Getúlio Vargas e especialista na área de varejo, William Ervedeira Maillaro.

TENDÊNCIA - Para o chefe do departamento de Marketing e Pesquisa de Mercado da ESPM, Marcelo Demidio, o crescimento do comércio eletrônico já começa a causar uma mudança de comportamento no varejo. "Nos Estados Unidos, por exemplo, alguns lojistas estão diminuindo os estoques de suas lojas físicas para suprir a alta demanda das lojas virtuais. O Brasil deve caminhar no mesmo sentido", comenta.

Segundo especialistas, os interessados em ingressar no mercado do e-commerce gastam a partir de R$ 5.000 para criação de uma loja virtual, com recursos de segurança e de pagamento eletrônico.

O investimento é mais baixo para a criação de um site institucional, variando de R$ 300 a R$ 1.500, dependendo dos recursos.

Um site informativo, com no mínimo sete páginas de texto e um formulário de contatos, adequado a uma empresa que deseja apenas estar na internet, tem um custo mínimo de desenvolvimento de cerca de R$ 600. Já um site com enquetes, votações, busca, espaço para comentários, entre outros recursos não sai por menos de R$ 1.500.

Além dos gastos com a criação, é necessário que a empresa possua CNPJ para registrar um domínio no site da Fapesp (R$ 50 anuais) e contrate os serviços de um provedor para hospedagem do site, custo que varia de acordo com o plano escolhido.




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