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Lava Jato mira Caixa e Pasta da Saúde, geridas por nomes da região

Contratos de publicidade com instituições lideradas
por Miriam Belchior e Arthur Chioro são investigados

Por Caio dos Reis
Especial para o Diário
11/04/2015 | 07:00
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Estadão Conteúdo


A PF (Polícia Federal) cumpriu ontem a 11ª fase da Operação Lava Jato, que apontou indícios de fraudes em contratos de publicidade da CEF (Caixa Econômica Federal) e do Ministério da Saúde, órgãos comandados por figuras políticas com história no Grande ABC. A presidente da Caixa é Miriam Belchior (PT), ex-secretária em Santo André, enquanto a Pasta de Saúde é comandada por Arthur Chioro (PT), ex-secretário no governo de Luiz Marinho (PT) em São Bernardo. Ambos não fazem parte da lista de investigados pela PF.

As fraudes relacionadas à CEF e ao Ministério da Saúde estão ligadas à contratação da agência Borghi/Lowe, dirigida por um dos presos na fase – Ricardo Hoffmann –, que fazia subcontratações de fornecedoras de materiais publicitários de fachada, cujos sócios eram ex-deputado André Vargas (ex-PT) e seu irmão, Leonel Vargas. Vargas, seu irmão e dois ex-deputados, Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), foram presos. Foram sete mandatos de prisão e 16 de busca e apreensão.

Conforme a PF, empresas subcontratadas que não existiam fisicamente recebiam 10% do contrato firmado entre a agência de publicidade com o Ministério da Saúde e com a Caixa. Policiais suspeitam que esse percentual era desviado para os políticos citados. Por ora, o esquema não tem relação com o escândalo de corrupção na Petrobras, porém, os suspeitos têm ligação com o doleiro Alberto Youssef. A PF investiga também contrato com a Labogen, termediada por Youssef na Pasta de Saúde.

Caixa e ministério divulgaram notas se defendendo das acusações e se colocando à disposição da PF e demais órgãos para esclarecimentos. A Pasta declarou que “as informações dos contratos de publicidade serão encaminhadas para a Controladoria Geral da União”. O setor cancelou pagamentos à agência Borghi/Lowe. A instituição bancária informou que vai abrir averiguação interna e reiterou que vai colaborar com as investigações.




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