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Metalúrgicos da GM aceitam proposta
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
15/09/2007 | 07:08
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Um dia após os trabalhadores da General Motors de São Caetano terem reprovado a proposta salarial oferecida pela montadora, os metalúrgicos voltaram atrás na decisão e resolveram aceitar para evitar uma greve.

Isso aconteceu diante do impasse criado pela montadora, que deixou claro para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, filiado à Força Sindical, que novas negociações não seriam abertas porque a empresa não teria como avançar na questão econômica.

A partir da posição da GM, uma nova assembléia foi realizada sexta-feira em que os metalúrgicos tiveram três opções na votação: aceitar o aumento de 6,14% em setembro (já que 1,23% foi adiantado em janeiro deste ano), deixar o percentual para o primeiro mês de 2008 com R$ 2.000 de abono ou partir para uma greve.

“Eles não queriam ir para a greve. A empresa também radicalizou em não abrir a negociação. Levando tudo isso em conta, acabaram aprovando a segunda opção com unanimidade”, afirma Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do sindicato.

Os metalúrgicos receberão o abono já no dia 21 deste mês, o que, para os trabalhadores que ganham o piso – que passará a ser de R$ 1.100 com o acordo salarial –, representa quase dois salários.

Para Cidão, o acordo foi razoável diante das opções apresentadas e em comparação com o que foi fechado pelos trabalhadores do segmento da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

“O pessoal está colocando mais dinheiro no bolso. Cerca de 80% dos trabalhadores terão um aumento real de 4%, em média, se o abono for levado em conta”, comenta o dirigente.

Em São José dos Campos, onde fica a outra unidade da montadora, os trabalhadores também tinha recusado a primeira proposta, declararam greve, mas aprovaram a segunda oferta que englobava o abono na quinta-feira.

Já os metalúrgicos da CUT – que comandam as negociações em fábricas no Grande ABC como Volkswagen, Ford, Daimler e Scania – aceitaram o aumento de 7,44% (2,5% de ganho real e 4,88% de reposição da inflação) na primeira assembléia.

Como o índice se manteve o mesmo na negociação com a GM, não haverá mudanças nos pagamentos dos metalúrgicos cutistas. O acordo também encerra a campanha salarial dos trabalhadores das montadoras na região.




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