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'Chamas da Vingança' põe Gero Camilo em barca furada
Cássio Gomes Neves
Do Diário do Grande ABC
08/10/2004 | 09:48
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Um dos chamarizes de Chamas da Vingança, a partir desta sexta em quatro salas da região, é a presença do ator brasileiro Gero Camilo (Bicho de Sete Cabeças, Carandiru, Cidade de Deus), em seu primeiro papel internacional, como um vilão que será perseguido pelo protagonista de Denzel Washington. Factóide não segura filme e, no caso desta obra de Tony Scott, não é diferente.

Esse Scott é irmão do Ridley de Blade Runner e já realizou, por exemplo, Top Gun (1986). Em seus cacoetes narrativos, persiste a influência de Oliver Stone, com o vazio de imagens que mobilizam mil fricotes técnicos e tema chocante. A execução, não raro, importa mais que o resultado.

Em Chamas da Vingança, Washington é John Creasy, ex-agente antiterror da CIA, que vai ao México para trabalhar como guarda-costas da garotinha Pita (Dakota Fanning). Um letreiro informa que, segundo estatísticas sabe-se lá de onde, ocorre um seqüestro a cada hora na América Latina e 70% dos casos terminam em morte.

Creasy é alcoólatra e rude. Aos poucos, afeiçoa-se à guria que protege e vai ao inferno quando esta é seqüestrada e morta. Na segunda parte de Chamas da Vingança, ele deseja castigar os seqüestradores e desbaratar o crime organizado no México.

Tony Scott emprega uma simbologia para os ritos de passagem de Creasy - uma garrafa, uma bala que não dispara, uma medalhinha de são Judas. Nada com muito sentido, sobretudo após a apologia de que os norte-americanos é que entendem de segurança e nós, latinos, tanto faz se jornalistas ou agentes federais, devemos simplesmente condescender.




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