Esse Scott é irmão do Ridley de Blade Runner e já realizou, por exemplo, Top Gun (1986). Em seus cacoetes narrativos, persiste a influência de Oliver Stone, com o vazio de imagens que mobilizam mil fricotes técnicos e tema chocante. A execução, não raro, importa mais que o resultado.
Em Chamas da Vingança, Washington é John Creasy, ex-agente antiterror da CIA, que vai ao México para trabalhar como guarda-costas da garotinha Pita (Dakota Fanning). Um letreiro informa que, segundo estatísticas sabe-se lá de onde, ocorre um seqüestro a cada hora na América Latina e 70% dos casos terminam em morte.
Creasy é alcoólatra e rude. Aos poucos, afeiçoa-se à guria que protege e vai ao inferno quando esta é seqüestrada e morta. Na segunda parte de Chamas da Vingança, ele deseja castigar os seqüestradores e desbaratar o crime organizado no México.
Tony Scott emprega uma simbologia para os ritos de passagem de Creasy - uma garrafa, uma bala que não dispara, uma medalhinha de são Judas. Nada com muito sentido, sobretudo após a apologia de que os norte-americanos é que entendem de segurança e nós, latinos, tanto faz se jornalistas ou agentes federais, devemos simplesmente condescender.
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