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Iraque: Brasil não quer guerra, mas vê saída pacífica como difícil
Do Diário OnLine
Com Agências
27/02/2003 | 12:27
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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reafirmou nesta quinta-feira, em reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que o Brasil defende a paz no conflito entre Estados Unidos e Iraque. Ele disse que uma guerra na região do Golfo não interessa ao país em nenhum aspecto, mas admitiu que a possibilidade de não haver conflito armado está cada vez mais remota. No entanto, o ministro ressaltou que até que o primeiro tiro ocorra a guerra pode ser evitada.

Os senadores convidaram o ministro para explicar qual a posição do Brasil em relação ao conflito e que postura vem adotando nesses últimos dias. Amorim contou que, apesar de se posicionar contra a guerra, ele procura manter o diálogo com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha para evitar equívocos que possam a surgir a partir de determinadas declarações.

No entanto, ele afirmou que, apesar de o Brasil não fazer parte do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), defenderá o diálogo até o fim para uma solução pacífica. Ele contou que tem conversado com o secretário de Estado norte-americano, Colim Powell, e disse considerar que os esforços do governo brasileiro podem ser úteis para evitar a guerra.

Nas conversas que mantém com líderes internacionais, Amorim disse que pôde sentir que enquanto alguns países querem dar mais tempo ao Iraque, outros dizem que não adianta um prazo maior, porque há um problema de confiabilidade básica.

“Se efetivamente você pergunta qual a ação que o Iraque poderia tomar que significasse que ele teria passado a merecer confiança, a resposta sempre se reporta ao passado. Há um problema de confiança que é, ao meu ver, difícil de ser superado com iniciativas que sejam apenas do tipo da que França, Alemanha e Rússia apoiaram”, afirmou.

Amorim ainda informou aos senadores que tenta tomar todas as decisões possíveis para retirar do Iraque os brasileiros que desejarem sair daquele país com a iminência de um conflito armado. Ele ressaltou, no entanto, que é difícil para o governo brasileiro agir no Iraque porque não há embaixada e nenhum escritório consular.




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