Política Titulo Cortes
Por pouco empenho em campanhas, Lauro demite 40 servidores

Prefeito de Diadema atribuiu corte no Paço a gastos com pessoal

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
12/10/2014 | 07:00
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Montagem/DGABC


A derrota do candidato apadrinhado do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), o vereador Márcio da Farmácia (PV), na disputa por cadeira na Câmara dos Deputados, custará a permanência de funcionários comissionados no Paço. O verde já ordenou a demissão de 40 servidores que não se empenharam efetivamente na campanha do parlamentar, que não foi eleito. Ele conquistou 40.979 votos no dia 5.

Tida como essencial para pavimentar o projeto de reeleição de Lauro em 2016, a candidatura de Márcio obteve adesão de quase todo o secretariado e apoiado por quase todos os vereadores aliados na Câmara. A mira do verde era confrontar com a candidatura do ex-prefeito Mário Reali (PT) a federal. O petista teve 52.112 votos no total. Apesar do revés, o núcleo duro do Paço avalia como proveitosa a votação do parlamentar por ter superado Reali em Diadema, sendo 33,5 mil contra 24,2 mil em favor dos governistas.

A pressão de Lauro para compor apoios ao nome do vereador causou incômodo entre os aliados. No início do pleito, o chefe do Executivo demitiu o então secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson (PSB), que insistiu em aderir outras candidaturas. O secretário de Transportes, José Carlos Gonçalves (PR), apoiou o nome do deputado Alex Manente (PPS), que tentou, com êxito, vaga em Brasília. Em contrapartida, o republicano deu respaldo à candidatura da ex-deputada Regina Gonçalves (PV) à Assembleia Legislativa.

Oficialmente, Lauro justificou que as demissões fazem parte de “corte de gastos” do Paço com pessoal, uma vez que as despesas com folha de pagamento no primeiro semestre deste ano chegaram perto do limite prudencial de 51,3% da receita, estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), com despesa de salários. Entre janeiro e agosto, a administração do verde custeou R$ 472 mil com contracheques – 51,1% da arrecadação.

Para a cúpula do governo, porém, a campanha de Márcio foi o termômetro para o pleito de 2016, quando Lauro deverá disputar a reeleição. A avaliação do prefeito é de que, se não houve empenho nesta eleição, não deverá ser diferente daqui a dois anos, quando o PT tentará retomar o comando da Prefeitura.

VICE-PREFEITA

Entre as exonerações já publicadas no Diário Oficial está a de dois servidores indicados pela vice-prefeita Silvana Guarnieri (PTB). A contragosto de Lauro, a petebista lançou-se candidata a federal – recebeu 1.395 votos e não foi eleita. 




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