Economia Titulo Habitação
Caixa prevê crescimento de 25% do crédito imobiliário
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
23/12/2008 | 07:21
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Em meio ao cenário da crise financeira internacional, em que o Grande ABC se mostra afetado principalmente pelos reflexos na indústria automobilística e em segmentos complementares, como os fabricantes de autopeças, a Caixa Econômica Federal prevê crescimento de 25% na oferta de crédito habitacional na região. Até o final de novembro, a CEF havia financiado R$ 510 milhões; a expectativa é atingir R$ 620 millhões em 2009.

"A área habitacional tem uma demanda reprimida como um todo (no País, são 7 milhões sem casa própria). Baixamos nossas taxas a fim de torná-las mais competitivas e fechamos parcerias com empresas especializadas, imobiliárias e construtoras, para que elas passem a oferecer o financiamento da Caixa no momento da compra do imóvel", explica José Antônio Lucas de Oliveira, gerente regional.

Segundo Oliveira, 98% das operações hoje são feitas diretamente nas agências da CEF. Daí vem parte do otimismo mesmo com a crise, que promete dar as caras no primeiro trimestre de 2009. A outra parcela provém dos lançamentos imobiliários. De acordo com o executivo, de meados de novembro para cá, oito empreendimentos os procuraram. "Talvez tenhamos um desempenho abaixo do esperado. Na realidade, é o índice de desemprego no primeiro semestre que vai balizar o nosso crescimento. Mas a expectativa é que todos os que estão sendo demitidos sejam readmitidos após a crise, e o consumo se normalize".

Na região, Oliveira conta que apenas 20% dos financiamentos são para clientes com renda inferior a seis salários mínimos (R$ 415). A maioria, portanto, não inclui que é diretamente afetado pela turbulência: o que possuem os salários mais baixos e são a primeira opção de dispensa em uma empresa.

O aumento na oferta de crédito habitacional é compartilhado em âmbito nacional. Conforme conta Augusto Bandeira Vargas, superintendente regional da CEF, a expectativa é de elevação de 20% no montante emprestado. "Em 2007 foram financiados R$ 17 bilhões. Este ano, R$ 23 bilhões. A previsão de alta é calcada no fato de a prestação da casa própria ser igual ou inferior ao aluguel".




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