Economia Titulo Campanha salarial
Profissionais de TI
rejeitam proposta patronal

Empresas oferecem 6,5% de reajuste; percentual repõe
inflação, que fechou o ano em 6,2%, com base no INPC

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
19/01/2013 | 06:30
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Não foi desta vez que os profissionais de TI (Tecnologia da Informação) fecharam o acordo salarial deste ano. Na segunda reunião, promovida ontem entre as companhias do setor e o sindicato que representa os trabalhadores, os empresários melhoraram as propostas para a categoria, mas os índices ainda são considerados insuficientes pelos trabalhadores e o acordo não foi fechado.

No encontro, o Seprosp (sindicato patronal da categoria) ofereceu reajuste de 6,5% nos salários. O percentual repõe a inflação, que fechou o ano em 6,2%, com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Para chegar a um consenso, o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo) reduziu o índice de reajuste reivindicado de 10,51% para 8,5%.

Para o presidente do Sindpd, Antonio Neto, os valores ainda precisam melhorar para que o acordo seja fechado. "Agora sim começamos a negociar. O percentual de 6,5% repõe a inflação, mas ainda está abaixo do que esperamos. Ano passado o setor teve nova desoneração (da folha de pagamento) de 2,5% do faturamento das empresas para 2% e sabemos que isso resultou em economia para as companhias. Precisamos aumentar esse reajuste e os benefícios", diz o dirigente, que complementa: "Quero a obrigatoriedade de apresentação de proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e vale-refeição de R$ 15 diários, para companhias que possuam pelo menos 30 funcionários."

Segundo ele, serão necessárias, pelo menos, mais duas reuniões para que a convenção coletiva seja assinada. "Cerca de 80% das cláusulas já foram discutidas." O próximo encontro está agendado para terça.

Neto também reiterou que espera posição dos empresários em relação à cláusula que institui porcentagem de reembolso aos funcionários que façam cursos de qualificação. A licença-maternidade estendida (de 120 para 180 dias) foi mais uma exigência.

Vale ressaltar que a categoria é formada por cerca de 90 mil trabalhadores no Estado de São Paulo, sendo 15 mil empregados nas empresas do Grande ABC. A data base é em 1º de janeiro.

 

 




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