Política Titulo Após dois meses
Rato instaura CPI da Saúde, que vai durar apenas 17 dias
Daniel Tossato
05/12/2020 | 04:19
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Divulgação


Após dois meses da aprovação do pedido de instauração de CPI da Saúde na Câmara de Ribeirão Pires, o presidente da casa, Rato Teixeira (PTB), instaurou na quinta-feira, a última sessão do ano, comissão que deverá durar apenas 17 dias.

Requerido inicialmente pelo vereador e vice-prefeito eleito, Amigão D’Orto (PSB), em outubro, a comissão tem intenção de investigar denúncias envolvendo contratos da Santa Casa de Birigui, entidade que faz a gestão da saúde em Ribeirão.

Conforme vereadores ouvidos pelo Diário, pertencentes à base de apoio do prefeito da cidade, Adler Kiko Teixeira (PSDB), e também da oposição, a CPI “nasceu para morrer”. Além do curto tempo de atuação da comissão, dois integrantes do bloco não estarão mais no Legislativo a partir do ano que vem. Amigão, o presidente da CPI, passará a atuar no Executivo como o vice-prefeito do novo chefe do Paço, Clóvis Volpi (PL), enquanto o vereador Danilo da Casa da Sopa (PL) não conseguiu reeleição.

Único vereador que permanecerá na comissão, Guto Volpi (PL) declarou que pediu reunião com o presidente do Legislativo para tentar entender como a comissão deverá atuar dadas as dificuldades apresentadas pelo próprio chefe da casa. “A comissão é natimorta. Pedi uma audiência com o Rato para saber como atuar, já que há poucos dias para atuar e também dois colegas que não estarão mais na CPI. Obviamente que Rato fez isso planejado”, declarou. Rato Teixeira é sobrinho de Kiko.

Para Amigão, Rato conduziu muito mal a instauração da comissão desde o começo, já que o presidente nomeou vereadores que não estarão mais na Câmara no ano que vem.

“Eu acho que o Rato, e eu disse isso a ele, fez uma grande burrada, pois jogou a bola para frente, o que deveria ter feito antes. Publicou uma portaria com dois vereadores que não estarão mais atuando no Legislativo. Originalmente essa CPI teria 60 dias, mas, desta forma, terá apenas 17. Acredito que Rato deveria revogar a portaria”, declarou Amigão.

O expediente normal da Câmara de Ribeirão Pires se encerra no dia 20, quando a casa ficará fechada para o recesso – reabrirá apenas dia 1º de janeiro, para posse do prefeito e vereadores eleitos e definição do próximo presidente do Parlamento.

Rato não respondeu aos questionamentos do Diário. Ele foi reeleito no dia 15 e tenta ser presidente novamente, mas terá dificuldades por integrar a futura base de oposição a Volpi. 




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