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PV estadual suspende diretório de Mauá e estuda expulsão de Damo

Ex-prefeito terá que prestar esclarecimentos sobre problemas como o contrato de merenda com a Gourmaítre

Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
17/02/2009 | 07:00
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A postura do PV de Mauá durante as eleições municipais do ano passado e problemas na administração Leonel Damo culminaram na suspensão do diretório municipal na cidade e em uma ação do partido que pode definir a expulsão do ex-prefeito da legenda.

Segundo Mara Prado, integrante da Comissão de Ética da executiva estadual do PV, a medida anunciada ontem foi tomada depois de muita discussão. "Com base em alguns procedimentos adotados pelo PV de Mauá, ainda na campanha, em desacordo com a postura da executiva estadual e depois de reunir material sobre a posição do prefeito na cidade, chamamos Damo para uma conversa, mas isso não é decisivo", explica.

A possibilidade da expulsão do ex-prefeito foi cogitada após o MP (Ministério Público) confirmar que o contrato de merenda firmado na gestão de Damo com a Gourmaître está sob investigação. O edital da licitação é idêntico ao da cidade de Limeira, com os mesmos erros gramaticais inclusive. A ganhadora do certame também foi a mesma.

Mara confirma ainda que a executiva estadual do partido estuda o caso do diretório municipal desde as eleições, quando o PV de Mauá ignorou as ordens do partido de lançar candidatura própria na cidade e preferiu apoiar o candidato do PSB, Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra. "O caso do diretório está sendo estudado porque sabemos que todos tinham ligação no governo de Damo, com o pessoal dele. O diretório está suspenso. As comissões lá são provisórias, até que possamos esclarecer todo esse episódio na cidade", afirma.

O caso de Damo é o único nos mesmos moldes analisados pela comissão estadual do partido. "Temos alguns casos, em outras cidades, mas todos ainda em fase de tomada de conhecimento", finaliza Mara.

‘É uma perseguição partidária', diz Vanessa

A deputada estadual Vanessa Damo (PV), filha de Leonel Damo, questiona o posicionamento do partido em relação ao ex-prefeito. Segundo a parlamentar, não houve qualquer aproximação da executiva do Estado para discutir o assunto. "Toda essa ação de expulsão está sendo feita pelas minhas costas. Não fui informada, assim como meu pai também não foi", argumenta.

Mara Prado, integrante da Comissão de Ética da executiva estadual, afirma, no entanto, que o pedido para que Damo se apresentasse para justificar a situação foi feita na semana passada. "Ainda não recebi nenhum retorno."

Para Vanessa, a maneira como o partido lidou com a decisão coloca em xeque os motivos da expulsão. "Se o partido já conversou e ainda não nos comunicou nada, julgo que seja uma perseguição política."

A deputada, que participou ontem de uma reunião a portas fechadas sobre o assunto, esperava resolver o fato para concorrer ‘tranquila' à reeleição na Assembleia em 2010, mas avaliou que "a decisão do partido, criou um clima de discórdia".




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