Economia Titulo Boa Vista SCPC
Inadimplência registra elevação de 3,3% em um ano no Grande ABC

Indicador de recuperação de crédito na região tem alta de 5,1%

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
23/04/2019 | 07:07
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No período de um ano, a inadimplência do consumidor da região aumentou 3,3%, de acordo com dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), divulgados ontem. Em contrapartida, o indicador de recuperação de crédito – que mostra a diminuição de pessoas com o nome sujo – teve alta de 5,1% no período, que compreende de fevereiro do ano passado ao mesmo mês de 2019.

Os dados da região, que abrangem as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires, são melhores do que os do Estado, que registraram aumento de 0,8% no índice de inadimplência, e de 0,4% na recuperação de crédito. Em níveis nacionais, houve queda em ambos (veja mais na arte ao lado).

De acordo com o economista da Boa Vista Vitor França, os números indicam um reaquecimento na recuperação do crédito para os consumidores do Grande ABC. “Está na contramão do Brasil e melhor do que o de outros lugares, onde este movimento ainda é muito conservador. Começamos a ver as famílias voltando ao mercado de crédito pessoal, com o crescimento das operação de consignado e de empréstimo, além do financiamento de veículos”, afirmou.

Segundo ele, depois dos últimos anos, que foram marcados pelos altos índices de inadimplência, fruto da crise econômica, não há motivos para alarde. “O dado não desperta preocupação com a saúde financeira das famílias. É um movimento que acontece na medida em que o mercado retoma. O que passa a preocupar é quando cresce o fluxo de inadimplentes sem a recuperação do crédito (que indica o número de pessoas que saem do sistema de dívidas em atraso do SCPC) e neste momento não é o que a gente está vendo”, disse.

“A inadimplência está baixa e há disposição para ofertar mais. Porém ainda, existe cenário indefinido neste ano, com desemprego alto e muita cautela por conta da incerteza nos rumos da economia”, analisou o economista.  




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