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Cesta básica fica R$ 9,81 mais cara no Grande ABC
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
11/06/2009 | 07:00
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Contrariando a baixa de 2,07% registrada na semana passada, o consumidor do Grande ABC amargou elevação nos preços e paga R$ 334,56 pela cesta básica esta semana. A alta de 3,02% faz com que o valor da cesta composta por 34 itens fique R$ 9,81 mais cara.

Segundo o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, responsável pela pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o efeito calendário foi o vilão. "Normalmente realizamos a pesquisa nos três primeiros dias da semana, mas como há o feriado, só pesquisamos na segunda e terça-feira", explicou.

Vezzá afirmou que o melhor dia para fazer compras é quarta-feira. "Talvez por isso a alta tenha sido tão expressiva esta semana, pois não acompanhamos as promoções de quarta-feira", destacou.

PRODUTOS - O preço dos hortigranjeiros, por exemplo, apresentou alta de 5,56%. "Isso porque, às quartas-feiras acontece a maioria das promoções para este tipo de produto e não fizemos o levantamento", lembrou.

Mesmo com a semana mais curta, devido ao feriado de Corpus Christi, alguns itens importantes colaboraram para a elevação do preço da cesta. "Depois de diversas semanas em queda, o preço do feijão subiu 4,05%, custando em média R$ 2,31, o pacote de 1 kg. Não acredito que seja a retomada da alta, foi pontual, mas precisamos ficar atentos", destacou o engenheiro agrônomo.

Os preços da carne bovina de primeira (coxão mole, corte traseiro) apresentaram alta de 5,34%, e as carnes de segunda (cortes dianteiros) tiveram alta de 1,62% custando em média R$12,43 e R$ 9,43 o quilo respectivamente.

Em contrapartida, o valor do arroz apresentou queda de 0,5% em comparação à semana anterior. O cereal está custando, em média, R$ 8,03 o pacote de 5 kg.

LEITE - Apesar de não registrar alta muito significativa, de 0,92%, o leite preocupa. "Em 2008, o preço médio do litro era de R$ 1,49. Este ano esta na casa dos R$ 2,20 e com a chegada do inverno isso pode acentuar mais", destacou Vezzá.

Segundo o engenheiro agrônomo, no inverno, período de entressafra, o preço do leite costuma disparar. "Com a estiagem, os pastos não ficam apropriados para alimentar o gado leiteiro. Com isso, os produtores precisam recorrer às rações e acabam repassando os custos disso para as redes atacadistas, que por sua vez, fazem que o consumidor arque com o custo final".




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