No final da década de 90, Brown ficou nu em cima do trio elétrico para protestar contra o engarrafamento do carnaval baiano, o que lhe valeu um processo por atentado ao pudor.

O incidente desta terça irritou a cúpula da PM do Estado, que comunicará o caso ao Ministério Público Estadual após o Carnaval, para tomar providências legais contra o músico. Brown comandou o seu Camarote Andante, animado por timbaleiros e o trio elétrico Caetanave, ao longo de todo o percurso Barra/Ondina.

No fim do desfile, um timbaleiro teria acertado um soco num folião que assistia à passagem do bloco. A cena foi flagrada por policiais, que prenderam o agressor. O músico percebeu que o integrante de seu bloco estava sendo conduzido e passou a criticar a PM pelo microfone.

Não satisfeito, tentou evitar a prisão. Acabou recebendo voz de prisão e foi conduzido ao módulo policial. Após 20 minutos de conversa, acabou sendo liberado junto com o timbaleiro que tinha ido “resgatar”. Em seguida, subiu no trio elétrico cantou o Hino Nacional, fez uma saudação aos orixás do candomblé e encerrou a desfile.

Em outra apresentação de Brown no domingo, ele já havia criticado a atuação da PM no Carnaval. A briga será boa, pois Brown é amigo do prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PFL), que pertence ao grupo político do governador Paulo Souto e do senador Antonio Carlos Magalhães.