Política Titulo Na casa de Morando
Prefeitos da região se reúnem fora do Consórcio
Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
17/01/2017 | 07:00
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Em reunião fora do Consórcio Intermunicipal e além do horário de expediente, os prefeitos Paulo Serra (PSDB-Santo André), José Auricchio Júnior (PSDB-São Caetano), Adler Kiko Teixeira (PSB-Ribeirão Pires) e Gabriel Maranhão (PSDB-Rio Grande da Serra), participaram, ontem à noite, de jantar no apartamento do prefeito Orlando Morando (PSDB), presidente do colegiado e chefe do Paço de São Bernardo, na região central da cidade. O tucano admitiu que, no encontro, o reajuste das passagens de ônibus nas sete cidades poderia estar na pauta.

Ao Diário, Morando afirmou que o jantar tratava-se de “encontro social” entre os colegas para agradecer o apoio recebido na eleição interna que o conduziu, por unanimidade, à presidência do Consórcio para o exercício de 2017. “Além de prefeitos, eles são meus amigos. E amigos nós recebemos em casa. É claro que, por sermos políticos, poderemos tratar de qualquer assunto.”

Questionado sobre se o aumento das tarifas na região poderia integrar o debate, Morando confirmou, mas foi taxativo ao dizer que “essa não é a pauta do encontro”. “É possível que (o reajuste das passagens) faça parte (da conversa). A conjuntura do transporte na região afeta todos municípios. Existem decisões judiciais que atingem linhas municipais e intermunicipais. Mas essa não é a nossa pauta de hoje (ontem), só se for citada”, explicou.

O jantar estava marcado para as 20h. Apenas os chefes do Executivos de Diadema, Lauro Michels (PV), e de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), não participaram da reunião. Os primeiros a chegar foram Kiko e Maranhão, que relataram exatamente o que Morando havia dito minutos antes à equipe do Diário, que a reunião tratava sobre questões do Consórcio. Auricchio foi na mesma linha.

Costumeiramente realizado de forma regional e no fim de dezembro, o reajuste das passagens de ônibus, desta vez, ocorreu de forma individual. Em alguns casos, como em São Caetano, Diadema e Mauá, as tarifas foram congeladas. No caso do município administrado por Lauro, a decisão do governo do Estado em cobrar R$ 1 pela integração nos terminais Central e Piraporinha – que há duas décadas é gratuita – fez com que o verde postergasse o aumento de R$ 3,80 para R$ 4,20. O Palácio dos Bandeirantes agendou o início da cobrança da taxa para o dia 22, mas na quarta-feira a juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da 15ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, suspendeu a tarifação. Em sua decisão, a magistrada também revogou os aumentos dos trólebus do Corredor ABD (havia saltado de R$ 4 para R$ 4,30) e da integração entre ônibus e os sistemas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos). Para a juíza, os reajustes não estavam “detalhados tecnicamente” e superavam “sem explicação, os índices inflacionários”.

Em São Caetano, Auricchio suspendeu por tempo indeterminado o aumento de R$ 3,70 para R$ 4,10. Já Atila cancelou o reajuste – subiria de R$ 3,80 para R$ 4,20.




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