A lama toma conta diariamente do quintal da casa onde funciona o salão do cabeleireiro Leonildo Marcondes, 52 anos, na avenida Brasília, no Jardim Oriental, em Santo André. Ele diz que o problema começou há cerca de cinco meses, em um dia de chuva. Uma enxurrada com terra caía do muro da Escola Estadual Fioravante Zampol, que fica atrás de sua casa. “Os vizinhos perguntam se estamos fazendo alguma reforma, de tanta terra que sai daqui do quintal e vai para a rua”, diz o cabeleireiro.

Marcondes disse que há alguns dias desistiu de retirar a lama que cai no quintal, próxima à área de serviço do seu salão. “Há dias que tiro sacos de terra daqui e levo lá para fora. Como ultimamente está chovendo muito, nem perco tempo em limpar o quintal. Limpava de manhã e chovia à noite”, lamenta Marcondes.

Ele afirma que tentou conversar com a diretora da escola, que chegou a ir até o local para ver o estado de seu quintal, mas nada resolveu. A Defesa Civil do município também foi acionada várias vezes, mas Marcondes diz que os técnicos não também não resolveram. “O pessoal da Defesa Civil vinha até aqui e já sabia do que se tratava.”

 “Uma canaleta traz a água do pátio da escola e joga tudo na direção do muro”, diz Marcondes. O muro da escola é alto, já que a escola fica acima do nível do salão. “Tenho medo também que esse muro caia”, afirma o cabeleireiro.