Política Titulo Ex-segurança
Sérgio Sombra, do caso Celso Daniel, morre aos 59 anos

Vítima de câncer, empresário estava internado desde o dia 22 em hospital situado na Capital

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/09/2016 | 07:00
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Divulgação


O empresário Sérgio Gomes da Silva, ex-segurança de Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André, morreu ontem aos 59 anos, no Hospital Montemagno, na Vila Formosa, Zona Leste de São Paulo, vítima de falência hepática, decorrente de um câncer no intestino. Ele lutava contra a doença há pelo menos dois anos e estava internado desde o dia 22 no equipamento. O ex-assessor petista era destacado em investigação do Ministério Público como personagem emblemático no assassinado de Celso, em janeiro de 2002, apontado como mandante do sequestro do chefe do Executivo, ocorrido dois dias antes da morte.

Sombra será cremado hoje, às 10h, no cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo. O empresário, que sempre negou envolvimento no homicídio de Celso, deixa um filho, de 25 anos, e mulher. Depois da morte do petista, ele viveu esquecido dos antigos aliados, mesmo em liberdade a maior parte do período de quase 15 anos. Ficou sete meses preso em caráter preventivo, por conta do processo sobre o crime, mas o STF (Supremo Tribunal Federal) revogou a prisão. No ano passado, a Corte anulou a instrução e determinou que o caso retornasse à fase de interrogatórios ao acatar pedido de possível cerceamento de defesa, e concedendo o direito de o ex-segurança responder em liberdade.

Novo juiz do processo, Wellington Urbano Marinho, da 1ª Vara de Itapecerica da Serra, havia marcado para dia 17 de outubro a primeira audiência de instrução, debate e julgamento, do único réu do episódio ainda em liberdade. A Justiça de São Paulo condenou seis dos sete acusados pelo crime, com penas que variam de 18 a 24 anos de prisão.

O ex-assessor estava no veículo com Celso no dia do sequestro, na Vila das Mercês, na Capital, quando voltavam, na Pajero blindada do petista do restaurante Rubaiyat, nos Jardins, onde jantaram juntos. Os promotores sustentam que o prefeito teria descoberto que esquema de corrupção na Prefeitura financiava não somente campanha eleitoral do PT, mas também era usado para enriquecimento pessoal dos envolvidos, além de sequestro simulado. Para a polícia, o crime foi comum. 




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