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Micro e pequenas do ABC têm queda de 4,6% no faturamento
Fabiana Cotrim
Do Diário do Grande ABC
08/08/2003 | 00:24
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As micro e pequenas empresas do Grande ABC tiveram queda de 4,6% no faturamento médio de junho na comparação com maio, segundo a Pesquisa de Conjuntura realizada pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Na comparação com junho do ano passado, houve uma estagnação, com crescimento positivo de 0,4%.

Segundo o coordenador da pesquisa, Marco Antônio Bedê, as exportações explicam o desempenho do Grande ABC, que difere bastante do restante do Estado, onde a queda no faturamento do mês, na comparação com o junho de 2002 foi de 11,9%, a mais alta desde que a pesquisa começou a ser feita, em 1998.

"O Grande ABC foi uma das únicas regiões que não sofreram tanto o processo de queda no faturamento real. Isso porque um dos poucos setores que ainda têm alavancado a economia do país é o exportador, bastante presente na região.", disse Bedê. O setor, segundo o coordenador, depende muito das grandes empresas. "No Grande ABC há uma grande concentração de micro e pequenas que exportam por estarem na cadeia produtiva das maiores."

Além disso, o coordenador do Sebrae explicou que com as exportações em alta, a renda na região acaba sendo maior e transferida para os setores de comércio e serviços. "Até 1999, a situação do Grande ABC estava ruim, mas a desvalorização cambial aumentou a competitividade das empresas da região, que passaram a exportar mais", afirmou Bedê.

Apesar de a situação do Grande ABC ser melhor que a do Estado, Bedê destaca que a crise vivida pelas montadoras pode afetar a região. "O Grande ABC depende muito do setor automotivo, assim como as indústrias químicas, plásticas e metalmecânicas." Para ele, a redução do IPI pode ajudar o setor nos próximos dois ou três meses. "É uma medida de curto prazo", disse Bedê.

O aquecimento das vendas, disse, deve ocorrer porque muitos consumidores esperaram pela medida para comprar o carro e agora devem efetuar o negócio." Mas o coordenador destaca que, para melhor o setor de maneira efetiva, é necessário melhorar o cenário da economia, principalmente com a queda da taxa de juros.

Pessoal ocupado – O Pessoal Ocupado ficou estável em junho, na comparação com maio, com uma variação positiva de 0,2%. Na comparação com junho do ano passado, a variação foi positiva de 0,7%. Segundo Bedê apesar da queda no faturamento, as micro e pequenas empresas mantém os postos de trabalho. "Estas empresas atuam com um quadro enxuto e, parte dos funcionários chega a ser da família", disse o coordenador do Sebrae.

Não se pode esperar um crecimento grande, mas algum crescimento. Várias coisas importantes: é importante que o governo de fato mantenha a trajetória de queda dos juros e inflação sobre controle.




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