Setecidades Titulo Invasão em Mauá
Confronto deixa rastro de destruição
Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
20/02/2009 | 07:00
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O confronto entre os militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e a Guarda Civil Municipal de Mauá deixou o segundo andar do Paço Municipal, onde fica o gabinete do prefeito Oswaldo Dias (PT), completamente destruído.

Divisórias inteiras caídas pelo chão, vasos quebrados e muitos cacos de vidro compunham o cenário. Rescaldos de um conflito sem precedentes na cidade e que assustou quem estava no local.

"Eles chegaram gritando. Quebrando o que encontravam pela frente. Foi um grande susto para todos nós", disse uma funcionária (que não quis se identificar) do Departamento Financeiro, localizado no mesmo andar do gabinete. Ela deixou o prédio às pressas, minutos após os incidentes em que 79 manifestantes foram detidos e 15 pessoas acabaram feridas.

O rastro de destruição se restringiu ao segundo andar e, pelo que se viu, os manifestantes chegaram muito perto da sala onde o prefeito dá expediente. Ontem, na hora da ocorrência, ele não estava na Prefeitura.

Por todos os cantos, além dos móveis destruídos, se via os objetos que teriam sido trazidos ao local pelos sem-teto, como gorros e algumas garrafas com a mistura de vinagre e pimenta que foram usadas como armas para o enfrentamento aos guardas.

Em um corredor, já no gabinete, onde os homens do Instituto de Criminalística da Polícia Civil depositaram os pertences dos manifestantes após a revista, vários objetos inusitados se misturavam.

Ali estavam um rosário, muitas laranjas,uma marmita aberta - com macarrão, feijão e arroz -, colher, pasta de dente e papel higiênico. Além de CD pirata da banda de rock Iron Maiden, um chapéu de vaqueiro, chupeta e uma caixinha com a inscrição Fiéis Promessas, com suas mensagens de otimismo espalhadas pelo carpete azul do local.

No início da tarde, operários carregavam os objetos destruídos para um caminhão estacionado na parte de trás do Paço Municipal.

Os prejuízos materiais, segundo a Prefeitura, chegaram a R$ 30 mil.




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