A venda de ingressos para os dois shows do cantor norte-americano Bob Dylan em São Paulo testa a devoção e o poder aquisitivo dos fãs do músico. O lendário artista se apresenta amanhã e na próxima quinta-feira (dia 6), na Via Funchal, sempre às 22h.

Além de não haver mais entradas para o setor platéia lateral – que custavam R$ 250 e eram as mais baratas –, esgotaram-se os bilhetes do setor platéia 3 (R$ 400) para o show de quinta-feira. Ou seja, quem ainda pretende assistir à performance do ídolo nesse dia deverá desembolsar, no mínimo, R$ 500, para garantir um lugar na platéia 2 ou no mezanino lateral.

Também há ingressos, nos dois dias, para os setores platéia 1 (R$ 700) e platéia VIP (R$ 900).

Mas, afinal, vale a pena pagar tão caro para ver um roqueiro veterano em sua quarta passagem pelo Brasil (a primeira foi em 1990 e última ocorreu há uma década)? A resposta não está sendo ‘soprada pelo vento’, como afirma Dylan no clássico Blowin’ in the Wind.

Mas qualquer ouvinte minimamente familiarizado com a história do rock não hesitaria em dizer que a ocasião exige esforços. Isso porque não se trata de um evento saudosista, em que o ícone apenas revisita os hinos libertários que compôs nos anos 1960 e 1970.

Aos 66 anos, o ‘bardo roufenho de Minnesota’ esbanja vitalidade artística e divulga o CD Modern Times, o 44º de sua discografia. Lançado em 2006, o disco encerra uma trilogia conceitual sobre temas como a velhice, a modernidade e a morte, da qual fazem parte os álbuns Time Out of Mind (1997) e Love & Theft (2001). Esses dois últimos foram indicados para o Grammy na categoria álbum do ano e Time Out of Mind ganhou o prêmio.

Além da nova safra de composições, que inclui pérolas como Rollin’and Tumblin, o repertório do show deve contar com estandartes do compositor, entre eles Highway 61 Revisited, Like a Rolling Stone e All Along the Watchtower.

No fim da tarde de ontem, esgotaram-se os ingressos para o show do cantor espanhol Julio Iglesias, no Credicard Hall, em São Paulo, no próximo dia 9. Por isso, quem acompanha a agenda de shows internacionais deve ficar atento às próximas atrações.

No próximo dia 8, o grupo de heavy metal progressivo Dream Theater sobe ao palco montado no estacionamento do Credicard Hall.

A programação da Via Funchal conta ainda com os shows do grupo de indie rock nova-iorquino Interpol (11); do jovem cantor jamaicano Sean Kingston (19); e da dupla formada pela cantora brasileira Maria Bethânia e a cubana Omara Portuondo (27 e 28). Em abril, apresenta-se o intérprete francês Charles Aznavour (17) e, em maio, os representantes da disco music dos anos 1970, Village People (8).

Segundo a assessoria da casa, há ingressos para todos os shows.