A equipe de campanha do candidato ao governo do Estado pelo PMDB, Paulo Skaf, impediu que uma moradora debatesse a taxa cobrada aos alunos do Sesi, durante atividade eleitoral do peemedebista, ontem, em Santos.

A abordagem ocorreu no momento em que Skaf parou a caminhada pelo Centro da cidade para conceder entrevista coletiva. “O Sesi vai cobrar taxas dos alunos?”, indagou a moradora. O postulante ouviu a pergunta e disse que responderia depois.

No entanto, a munícipe prontamente foi cercada por assessores da campanha, com objetivo de esclarecer os questionamento. Minutos depois, o peemedebista prosseguiu com a caminhada em direção oposta e a moradora não foi mais localizada.

Entre 2004 e maio deste ano, Skaf presidiu a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e instituiu a cobrança aos estudantes do Sesi em 2007. O valor da anualidade varia entre R$ 1.500, no Ensino Fundamental, e R$ 2.300, no Ensino Médio. A prática é contestada por pais de alunos, entidades sindicais e o MPF (Ministério Público Federal). A instituição integra o Sistema S, que recebe verbas de custeio do governo federal e incentivos fiscais.

Quando indagado sobre as taxas, o peemedebista se defende, alegando “tratar-se de uma contribuição, de valor irrisório, e sem obrigatoriedade”.

PROMESSA
Em caso de vitória na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, Skaf prometeu construir túnel para ligar o Guarujá a Santos, projeto já em andamento no governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Atualmente, esse trajeto é realizado por balsa.

“Como governador, vou executar esse túnel de travessia. São 400 metros de extensão e há 20 anos existem promessas do governo do Estado, mas nada de concreto. Vou tirar do papel e realizar. Sou especialista nisso”, intitulou-se.

Na Saúde, o presidente licenciado da Fiesp projetou a construção de dois AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), um no Guarujá e outro em São Vicente. “Esta área está precária, precisando de auxílio. Quero também construir hospital para a região.”

O peemedebista ainda discorreu sobre questões do Turismo, que, em sua ótica, está em defasagem. “(Há) Potencial de Turismo muito bom (na Baixada Santista) que de certa forma é explorado (pelo governo), mas tem um potencial ainda maior. Há também o pré-sal, que dá oportunidade tremenda de desenvolvimento desta região e de emprego”, enfatizou.

A 16 dias da eleição, Skaf salientou que o momento é decisivo, acreditando que os eleitores estão definindo seus votos. Contudo, ressaltou não ter estratégia específica de agenda. “Vou fazer mescla entre a Capital e Interior. Tem de dividir o tempo e estar no máximo de locais possíveis”.